
«Não entramos nessa euforia. Estamos satisfeitos e orgulhosos com o que fizemos e tivemos o nosso momento para festejar de festa. A partir desse momento, começámos a descansar e a prepararmo-nos para o que temos pela frente. Temos um jogo de acesso às meias-finais, nada mais do que isso. Jogamos um jogo de cada vez e tenho a certeza que amanhã jogaremos como temos feito até aqui, com consistência e humildade. No final, se não ganharmos cumprimentaremos o adversário, como cumprimentámos a Alemanha, sabendo que não merecíamos perder», disse Paulo Bento na conferência de Imprensa de antevisão ao jogo de amanhã (19.45 horas) com a República Checa, em Varsóvia, na Polónia.
O selecionador nacional assegurou que a estratégia de Portugal não vai alterar-se pelo facto de este ser um jogo a eliminar. «Há algo que muda sempre a estratégia, que é o golo. O que temos feito é, mesmo nos momentos adversos, não alterar a nossa estratégia nem mudar de identidade - mantemos a cabeça no lugar e o foco no que trabalhámos. Amanhã veremos o que o adversário vai fazer e vamos tentar contrariar os pontos fortes e explorar os pontos fracos da República Checa», sustentou, vincando que essa mesma estratégia não mudará independentemente de Rosicky jogar ou não pelos checos.
Sobre o facto de Portugal ter menos um dia de descanso: «Não acredito que, por essa diferença, seja significativo. Uma equipa que jogou daquela forma frente à Alemanha, à Dinamarca e à Holanda, é porque, emocionalmente, os níveis estão no máximo. Mantendo os níveis de humildade, a motivação ajudará a superar algum cansaço. Seremos dinâmicos, agressivos mas sem jogar à pressa, porque isso não faz sentido.»
Paulo Bento foi ainda confrontado com as declarações de Rosicky, que disse que Cristiano Ronaldo não ajuda Portugal a defender: «Tentamos defender e atacar com o máximo possível de jogadores, depois, cada um tem as suas funções, uns estão mais talhados para uma coisa, outros para outra. Temos de conjugar tudo isto e tentar esconder da melhor maneira os nossos defeitos, que os temos, e potenciar as nossas virtudes, que também temos e são muitas.»