
"É um chavão, mas o futebol ficou mais pobre porque perde uma das suas referências na defesa de princípios e valores, que estão cada vez mais adulterados", disse Toni à agência Lusa.
O Bom Gigante, como ficou conhecido, fica ligado à história do clube encarnado e da Seleção Nacional, ao ter feito parte dos Magriços, que no Mundial de Inglaterra, em 1966, conquistaram o terceiro lugar.
"Tive o privilégio de conviver com esse jogador e homem chamado José Torres. Falar do futebolista é dizer aquilo que ele foi e é para o Benfica e para a Seleção Nacional. Como homem, a vertente que está mais escondida do público, é falar dos valores e princípios que defendia", sublinhou Toni.
"Era amigo do seu amigo, que eu e, muitos outros no Benfica, no Setúbal ou no Estoril, onde foi jogador, tive o privilégio de conviver", reiterou.
Num momento de enorme tristeza mas também de reconhecimento,Toni lembrou, no entanto, a pouca atenção dada colegas de Torres, onde se inclui, quando a doença de Alzheimer bateu à porta do antigo jogador, que representou o Benfica entre 1959 e 1971.
"Os seus colegas pouco fizeram, e há aqui um 'mea culpa', de termos assobiado um pouco ao lado com aquilo que ia acontecendo ao Torres. Nesta altura as palavras e elogios são sempre fáceis", lamentou Toni.
O antigo avançado José Torres morreu hoje, aos 71 anos de idade, após 15 dias internado no Hospital dos Lusíadas, em Lisboa.
Fonte: Record