
A ética de Paulo Futre desautoriza-o a expressar qualquer tipo de preferência no lançamento deste embate entre águias e dragões. «Que ganhe o melhor», deixa votos sinceros, antes de mergulhar nas memórias dos escaldantes duelos em que participou: numa das suas melhores exibições, admite, Neno foi a razão da sua tristeza...
– Passados tantos anos, como é que um antigo jogador das duas equipas vive um clássico? Tem preferência?
– É sempre difícil. Despende do momento. Com tanto ainda por jogar no Campeonato, insisto: que ganhe o melhor!
– Mas não vai torcer por ninguém, só pelo bom futebol?
– Vocês sabem que o Sporting, para mim... Quanto a este jogo, não posso ir contra a minha ética, a minha maneira de ser. Quando estou em casa, sentado no sofá, com os meus amigos, sou diferente, como sempre fui na minha vida. Publicamente, nunca!
– Que melhores momentos guarda deste confronto?
– Tenho várias recordações. Uma delas refere-se a um jogo da Supertaça, na Luz, no qual fiz dois golos, se não me falha a memória. Foi uma noite incrível para mim, das melhores que tive num campo de futebol, mas negra para o Neno. No final, sentia muita alegria mas também tristeza por ele. É um grande amigo, com quem também joguei na Seleção.
Fonte: A Bola