O Sporting entrega hoje na Liga uma exposição para que a Comissão de Instrução e de Inquéritos aprecie os incidentes ocorridos no último dérbi, durante o qual alguns adeptos afetos ao Benfica lançaram tochas sobre o topo norte de Alvalade, onde estavam instalados adeptos dos leões, e abra um inquérito disciplinar cujos resultados sejam depois remetidos ao Conselho de Disciplina da FPF.
A argumentação do Sporting baseia-se no artigo 182 do Regulamento Disciplinar, que prevê que a equipa cujos adeptos se comportem de forma incorreta, ao ponto de colocarem a integridade física da assistência em risco, seja obrigada a disputar entre um e dois jogos à porta fechada no seu estádio.
Por considerarem que houve mesmo vidas em risco e que existia a intenção de provocar danos, depois da tarja exibida durante o dérbi do futsal, no Pavilhão da Luz, a lembrar o very-light que vitimou um adepto na final da Taça de Portugal, em 1996, o Sporting poderá mesmo levar este processo para a justiça civil.
Silêncio
Esta iniciativa do Sporting acentua ainda mais o clima de tensão nas relações, entretanto cortadas, com o Benfica, que ontem não quis reagir às pretensões punitivas do seu rival, mas pondera igualmente recorrer às instâncias disciplinares. O aparecimento público de Luís Filipe Vieira hoje, em Leiria, na inauguração de mais uma Casa do Benfica, poderá propiciar uma primeira manifestação.
Na Luz, depois de uma primeira reação feita através da Direção de Comunicação, rebatida pelo Sporting, o silêncio tem imperado, mas o facto de também os adeptos do Sporting terem lançado tochas para o interior do relvado, que caíram na grande área, junto ao guarda-redes Artur, está a ser preservado para memória futura.
Fonte: Record