No que a treinadores diz respeito, Portugal é o país mais representado na Liga dos Campeões, com seis no total. À entrada para a segunda jornada da fase de grupos, onde vamos poder assistir a dois duelos lusos no banco (Sporting-Chelsea e Mónaco-Zenit), a UEFA destacou o que é nacional.
A começar por Jorge Jesus, por ser «o mais velhos dos seis»: «Teve uma carreira relativamente modesta como jogador, mas tem brilhado como treinador. Começou nos escalões inferiores, foi subindo aos poucos na carreira até assumir o comando técnico do Benfica em 2009. Aí conquistou já dois títulos de campeão português e uma Taça de Portugal, para além de ter guiado as "águias" à final da Liga Europa nas duas últimas épocas.»
E destacou uma frase do treinador de 60 anos: «O futebol português tem qualidade, com treinadores com muitos conhecimentos tácticos e estratégicos do jogo, o que faz deles dos melhores do Mundo.»
Segue-se José Mourinho, o «treinador português mais famoso da história», «com 100 jogos disputados na Liga dos Campeões, que conquistou por duas vezes». «Abandonou uma pouco espetacular carreira como futebolista com apenas 24 anos e pouco tempo depois era já adjunto de Bobby Robson no Sporting e no FC Porto. Sagrou-se campeão europeu de clubes ao leme de FC Porto e do Inter, para além de passagens repletas de títulos por Chelsea e Real Madrid», escreve a UEFA, destacando o primeiro duelo da carreira com o compatriota Marco Silva, «o menos experiente» dos portugueses da Champions.
«Assumiu o primeiro cargo há quatro anos, no Estoril, onde tinha encerrado a carreira de jogador. Conduziu a equipa à primeira divisão, no ano de estreia, e depois a dois apuramentos consecutivos para a Liga Europa. Foi o suficiente para o Sporting apostar nele para esta temporada.»
A frase de Marco Silva em destaque: «Mourinho e Villas Boas são as faces mais visíveis da qualidade dos treinadores portugueses. Tiveram sucesso na Europa e fizeram com que quiséssemos seguir o seu exemplo. Eu, e outros jovens treinadores, podemos alcançar isso.»
E por falar em Villas Boas... «Tal como Mourinho, aprendeu a profissão sob a orientação de Bobby Robson, no FC Porto. Viria a ser adjunto de Mourinho no FC Porto, Chelsea e Inter, antes de se lançar como treinador principal. Depois de se tornar no mais jovem treinador a conquistar uma competição europeia, com o triunfo do FC Porto na edição 2011/12 da Liga Europa, orientou Chelsea e Tottenham, antes de rumar à Rússia.»
A frase do técnico do Zenit em destaque: «Devemos ficar maravilhados com o facto de ter tantos treinadores portugueses na fase de grupos. Só lamento que nem todos possam seguir em frente, já que três deles estão no mesmo grupo.»
No mesmo grupo está o Benfica e o Mónaco, de Leonardo Jardim: «A primeira experiência na Liga dos Campeões foi ao serviço do Olympiakos, antes de ajudar o Sporting a terminar a edição anterior do campeonato no segundo posto. Agora prepara-se para defrontar Villas-Boas pela quinta vez – um adversário que venceu apenas uma vez, num desempate por grandes penalidades, no jogo entre SC Beira-Mar e Académica, na Taça de Portugal.»
A frase de Jardim: «De há alguns anos a esta parte que temos provado que em Portugal existem treinadores de grande qualidade.»
Por fim, Paulo Sousa, «o único dos seis a ter uma carreira internacional como jogador, durante a qual conquistou por duas vezes a Liga dos Campeões». «Está pela primeira vez a disputar como treinador a fase de grupos da prova. Ganhou experiência em clubes como o Queens Park Rangers, o Videoton ou o Maccabi Telavive e no verão substituiu Hakan Yakin no comando do Basileia. Não teve vida fácil na estreia, com a visita ao terreno do campeão europeu Real Madrid a resultar numa pesada derrota por 5-1. Vai agora tentar fazer melhor quando receber o Liverpool, na segunda jornada.»
Fonte: A Bola