O treinador do Benfica explicou porque considera o primeiro título de campeão nacional, conquistado na época de estreia, mais importante que o que foi alcançado este ano.
«Foi mais importante porque tinha chegado ao Benfica e só o presidente (Luís Filipe Vieira) é que acreditou em mim, só ele acreditou que eu que tinha capacidade. Nesse ano, tinha de vencer e convencer. Na apresentação, disse que, comigo, o Benfica ia jogar o dobro - tinha a responsabilidade de fazer o Benfica campeão - e passados estes anos confirma-se tudo o que disse. Quando dizemos algo de forma convicta, isso é entendido como vaidade», disse em entrevista o canal do clube.
«Acredito nas minhas capacidades, sabia que era melhor treinador do que fui jogador. Um treinador não se fabrica, desenvolve-se. Acreditei sempre que era possível. Disse que ninguém percebe mais de futebol do que eu? Claro. Não estamos habituados a ter pessoas convictas no trabalho delas. Não penso assim. Tenho a certeza, pela forma como trabalho, que sou um dos melhores treinadores do Mundo. Não digo por dizer», prosseguiu, antes de voltar a elogiar Vieira, que considerou o “obreiro” do sucesso do Benfica:
«Se eu hoje sou treinador do Benfica devo a Luís Filipe Vieira. Foi o Presidente que acreditou na minha entrada desde o primeiro dia e foi ele que no ano passado acreditou que eu ainda tinha valor para continuar a fazer o meu trabalho. Depois dessa oportunidade, a única forma de manifestar a minha gratidão era continuar no Benfica. Luís Filipe Vieira é o grande “obreiro”, ele e toda a estrutura do futebol. O slogan ao longo do ano foi: todos juntos! Este ano ficámos a perceber que não podia existir um clube dentro do clube, tínhamos de estar todos juntos, nas vitórias e nas derrotas, a defender o nome do Benfica.»
«Ninguém pensava que ia ficar cinco anos no Benfica. No primeiro ano, disse a um dirigente do futebol – Pinto da Costa? Não vou dizer – que, em cinco anos, ia ganhar-lhe três campeonatos. Enganei-me, ganhei dois. Já pensava assim quando entrei no Benfica. Estou muito bem no Benfica, provei que estou satisfeito por atos, não por conversa», acrescentou.