Na sua autobiografia, o avançado Zlatan Ibrahimovic, do Paris Saint-Germain, deixa rasgados elogios ao treinador do Chelsea, José Mourinho, às ordens do qual treinou durante a temporada 2008-2009, no Inter de Milão.
«Mourinho tornou-se uma pessoa pela qual eu era capaz de morrer. Ele trabalhava o dobro dos outros. Vive e respira futebol 24 horas por dia, sete dias por semana. Nunca conheci um treinador que soubesse tanto sobre os adversários. Estava lá tudo, até o tamanho das botas do terceiro guarda-redes», explica o internacional sueco no seu livro, excertos do qual foram esta quinta-feira revelados pelo Daily Mail.
Para Ibrahimovic, uma das características que distinguem Mourinho do resto dos treinadores é a preocupação constante que o português tem com os seus jogadores.
«Mourinho cria laços pessoais com os jogadores com os seus SMS e o seu conhecimento das nossas situações em termos de noivas e filhos. Ele não gritava, mas motivava-nos antes dos jogos. Era como no teatro, um jogo psicológico», escreve Ibrahimovic.
O avançado recordou ainda um incidente com Pep Guardiola, na altura treinador do Barcelona, após a derrota para a Liga dos Campeões diante do Inter de Mourinho.
«Perdi a cabeça, e seria de esperar que Guardiola respondesse, mas ele é um cobarde. Se Mourinho ilumina uma sala, Guardiola fecha as cortinas. Eu acho que Guardiola tentava chegar ao nível de Mourinho», recorda.
O antigo jogador do Inter falou ainda da sua curta passagem pelo Barcelona, culpando Guardiola pelo facto de não ter conseguido justificar os quase 70 milhões de euros que
custou ao clube catalão.
«Guardiola sacrificou-me, essa é a verdade. Um dos meus amigos disse-me: ‘Zlatan, é como se o Barça tivesse comprado um Ferrari e estivesse a conduzi-lo como se fosse um Fiat’. Guardiola tinha feito de mim um jogador mais simples e pior. Foi uma perda para a equipa. Devido ao meu problema com Guardiola, o clube viu-se forçado a fazer um negócio desastroso para me vender. Foi uma loucura. Tinha marcado 22 golos e feito 15 assistências naquela época. Ainda assim tinha perdido 30 por cento do meu valor. E de quem era culpa? De Guardiola, que tinha tentado arruinar-me», relata o avançado.
Fonte: A Bola