Javi García corta-lhes o rugido
Na passada quarta-feira, Javi García ficou frustrado por o golo que marcou ao Chelsea, em Stamford Bridge, não ter servido rigorosamente para nada. Houve uma espécie de vitória moral pela boa exibição rubricada pelo Benfica, mas na prática a equipa ficou eliminada da Liga dos Campeões. Este sentimento, o médio espanhol nunca teve após um encontro com o Sporting: desde que veste a camisola encarnada, nunca as águias perderam frente aos leões. Javi García, esse, deu sempre o seu contributo e, mais do que isso, foi ele que matou o rival nas duas últimas ocasiões.
Já esta temporada, no dérbi da primeira volta, no Estádio da Luz, enquanto os bombeiros apagavam o fogo nas bancadas da claque visitante o médio espanhol festejava no balneário o golo da vitória benfiquista, que ele próprio marcara, de cabeça, aos 42 minutos de jogo, na sequência de um canto de Aimar na esquerda. Na época passada, o camisola 6 também fora decisivo, mas nas meias-finais da Taça da Liga. E aí até foi tudo mais emocionante, pois o Sporting começou a vencer, por Postiga, aos 21 minutos. Cardozo empatou ainda na primeira parte e quando, nos descontos, as equipas já se mentalizavam para disputar o acesso à final nas grandes penalidades, Javi García vê a bola saltitar à sua frente na pequena área e faz o golo do triunfo; e que apertado foi, a seguir, o abraço de Jorge Jesus.
Javi García é um jogador talhado para jogos grandes, pois, pela garra, dureza e disponibilidade física que lhe são características e às quais costuma juntar doses de esclarecimento e concentração. Frente ao Chelsea, jogou a defesa-central e até foi incluído na equipa ideal da UEFA. Amanhã voltará à sua posição habitual disposto a calar, de novo, o rugido do leão.
Fonte: O Jogo