Na presente época, a meta principal das águias passa pela renovação do título nacional e por uma carreira interessante na Champions (pelo menos a passagem aos oitavos-de-final), mas nem por isso Jorge Jesus vai descurar uma outra competição, a Taça de Portugal, na qual aposta muito forte, por três razões de fundo, cuja ordem de importância é aleatória.
Daí que, mesmo diante de adversários inferiores, o treinador encarnado não esteja disposto a rodar (e, consequentemente, a arriscar) em demasia.
Razão 1No dia 22 de Novembro de 2009, em pleno Estádio da Luz, Jorge Jesus viveu a primeira grande desilusão ao serviço do Benfica. Depois de ter ultrapassado com facilidade o Monsanto, na III eliminatória da Taça de Portugal, o conjunto encarnado foi eliminado (0-1) na IV ronda pelo V. Guimarães do agora treinador do Sporting, Paulo Sérgio, saindo da prova de forma prematura.
Uma espinha que continua atravessada na garganta do técnico das águias. «Não estávamos à espera de perder. Queríamos chegar à final e ganhá-la», reconheceu Jorge Jesus nessa ocasião. Esta época quer rectificar um episódio que lhe feriu o ego.
Razão 2Desde os tempos de miúdo que Jorge Jesus estabeleceu uma relação apaixonada com a final da Taça de Portugal, alimentando, ano após ano, primeiro como jogador e depois como treinador, o sonho de um dia erguer o troféu de vencedor no Estádio Nacional.
O máximo que conseguiu foi chegar a uma final, em 2006/07, ao serviço do Belenenses, mas acabaria por sair derrotado (0-1) pelo Sporting. Acresce que o Benfica não marca presença no Jamor desde 2005 (derrota por 1-2 com o V. Setúbal), pelo que uma eventual vitória na competição deixaria Jesus duplamente satisfeito.
Razão 3Depois das vitórias na Liga e na Taça da Liga, na época passada, ficaram a faltar dois títulos nacionais no currículo de Jesus: a Supertaça e a Taça de Portugal (além do sonho internacional de, um dia, ganhar a Champions).
Um desses troféus, no caso a Supertaça, já escapou ao líder técnico da turma da Luz, com a derrota frente ao FC Porto (0-2), em Aveiro, a 7 de Agosto, o que chega para atribuir uma dimensão bem maior ao objectivo de vencer a denominada prova rainha.
Fonte: A Bola