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benfica73

Toda a informação sobre o Glorioso

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Toda a informação sobre o Glorioso

«O senhor, na Funerária, vira à esquerda» ou como no GPS Dourado não há túneis

01.10.10, Benfica 73

O presidente do FC Porto disse esta semana que ao FC Porto «só falta o título dos túneis». É capaz de ter razão porque no caminho que levou o árbitro Augusto Duarte até sua casa, na Madalena, com as indicações preciosas e precisas que Pinto da Costa foi prestando ao condutor do veículo, qual GPS Dourado, nunca houve que passar em nenhum túnel.

Bendita seja a Madalena que não tem túneis, que alimentem suposições estéreis!

Mas se não tem túneis, pois tem rotundas. E por lá passaram. «Na rotunda, vem para baixo», disse.

E também tem edifício dos CTT. «Vai passar por uns correios» e «na rua larga vira à esquerda». Então tem correios e também tem uma rua larga e não tem sequer um mísero túnel?

E também passaram por outros lugares bem identificados pela voz monocórdica como convém ao GPS Dourado disponível no youtube para todos os automobilistas que não acreditem que não há túneis na Madalena.

«Tem uma escola do lado direito», «o senhor na Funerária, vira à esquerda», «vai passar nuns columbófilos», «vira à esquerda, sempre para baixo», «passa o Orfeão», «passa a Junta de Freguesia da Madalena», «a clínica dentária», «na rua larga vira à esquerda», «vai passar no Clube da Madalena», «tem uma tabuleta que diz Porto», «passa o estaleiro», «sempre para baixo, sempre para baixo», «tem uma seta que diz praia» até chegar «a uma casa iluminada» …

Incrível, não é? E nem um único túnel!

E, pronto, está explicada a razão que impediu o FC Porto de arrebatar o título dos túneis. Também não lhe faz falta nenhuma.

Eu, por exemplo, dispensaria bem o regozijo se visse o meu clube a ganhar o maldito campeonato das suposições estéreis numa enfiada de títulos, como o título da fruta, o título do café com leite, o título das viagens ao Brasil, o título do sprint de José Pratas, o título do marfim, o título do chefe da caixa, o título dos quinhentinhos…

 

O facto de não terem acontecido condenações no processo que ficou conhecido como Apito Dourado poderá explicar o actual regabofe no sector da arbitragem. É natural, é humana, e até pode ser subconsciente em alguns casos, esta pândega que não é mais do que a celebração do triunfo do estatuto de impunidade avalizado pelos tribunais civis.

E este, sendo o primeiro campeonato que se disputa depois do coro de absolvições de dirigentes e árbitros reputadamente promíscuos nas suas relações, não podia deixar de ser um campeonato muito, mas mesmo muito especial.

Pois se ninguém, foi de cana, o que era impensável, e nem uma simples irradiação desportiva emanou de tanta matéria de prova, como impedir este fartar de folia que tem vindo a marcar as primeiras jornadas da nossa Liga e que já obrigou o próprio Vítor Pereira, presidente do sector, a vir a terreiro meter os pés pelas mãos, que foi, precisamente, o que fez o árbitro Bruno Paixão, na ilha da Madeira, quando viu Rolando, o central portista, meter as mãos pelos pés na sua área?

Estes velhos protagonistas, dado que o tempo é de justificada descompressão judicial, dão-se a luxos que os põem a jeito das interpretações mais torpes.

Noticiada por um jornal generalista e até hoje ainda não desmentida por nenhum dos presentes, a madrugada de convívio de Bruno Paixão com Lourenço Pinto, presidente da Associação de Futebol do Porto, e com José António Pinto de Sousa, ex-presidente absolvido do Conselho de Arbitragem da FPF, no bar de um hotel de Lisboa, depois de consumada a discutida arbitragem de Paixão no Nacional - FC Porto, só poderá fazer adivinhar, além da bonomia geral, uma próxima homenagem pública da AF Porto a Bruno Paixão, na sequência de idêntico preito em oportuna hora prestado a Olegário Benquerença.

Lamentavelmente, nunca a opinião pública conhecerá o teor dos diálogos entre Bruno Paixão, Lourenço Pinto e Pinto de Sousa visto que os tempos da perseguição policial e das escutas ilegais estão mortos e enterrados e não é de crer que, estando todos juntos na mesma assoalhada, tenham falado pelo telemóvel uns com os outros.

É assim a vida. Se há conversas que ficam legitimamente entre quem as conversou, outras há que nascem para saltar para a praça pública com a naturalidade das coisas naturais.

Por exemplo, no sábado passado, Olegário Benquerença que ficou de fora do calendário desportivo do fim-de-semana por razões sanitárias, aproveitou a mais do que merecida folga para receber uma nova homenagem. Sim, porque não há maior homenagem do que o desafio de ensinar os mais jovens a trilhar os bons caminhos de uma profissão, de um mister, de uma carreira.

Olegário Benquerença, na sua qualidade de émulo, ou seja, de modelo a seguir, a igualar ou a superar, respondeu afirmativamente ao convite do Encontro Nacional do Árbitro Jovem, organizado em Rio Maior pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol e foi dar uma lição a 60 árbitros com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos.

Como seria de esperar numa iniciativa pedagógica do género, as incidências do seu trabalho no último Vitória de Guimarães - Benfica mereceram a curiosidade da juvenil plateia de educandos que questionaram o educador sobre as sequelas desse seu estrondoso sucesso. O mestre, num incentivo claro à formação de herdeiros que não temam protestos de ninguém, respondeu: «Esta capacidade só está ao alcance de meia dúzia de predestinados. Não tenho dúvidas de que todos vocês gostariam de ser atacados como eu e os outros colegas porque isso significa que chegaram ao patamar mediático.»

Anda um pai a mandar o filho à escola (de árbitros) para isto.

 

O próximo Benfica - Braga promete. Mais do que em função do campeonato português, em função dos dois respectivos estampanços europeus desta semana. É verdade que o resultado do Benfica foi menos mau do que o do Sporting de Braga. Mas também é verdade que o Braga vai chegar à Luz com um dia a mais de descanso do que o Benfica. E estas coisas têm a sua importância. O Sporting que, por exemplo, lamentou ter dado tantos dias de descanso ao Benfica antes do derby, vai agora jogar a Aveiro contra o Beira-Mar que tem quase mais uma semana de descanso do que os leões. São as contas…

Autor: Leonor Pinhão

Fonte: A Bola

A fúria da razão por João Malheiro - Jornal O Benfica

01.10.10, Benfica 73

A actualidade benfiquista tem provocado uma atmosfera emocional em alta. Candidato à revalidação do título nacional, objectivo proclamado sem sofismas, o Benfica vive um início de época atribulado por razões que lhe são laterais. Três desempenhos de outras tantas equipas de juízes (?) conseguiram garantir ao Clube um recorde negativo em cerca de oitenta edições da prova maior do association lusitano. Tratou-se do pior arranque de sempre, ademais numa altura em que a equipa possui um dos melhores quadros de jogadores, no mínimo do seu recente historial.

Paradoxalmente, a temporada 2010/2011 assinala a passagem de 50 anos sobre duas datas de expressão lendária. No próximo dia 17 de Dezembro, faz meio século que Eusébio aterrou em Lisboa no começo de um sonho que dilatou a alma do povo vermelho. Em Maio próximo, é altura de assinalar o 50.º aniversário do triunfo na Taça dos Clubes Campeões Europeus, oportunidade para rever, com veneração incontida, a mais bela das pinturas do século benfiquista, aquela imagem imortal de José Águas a erguer o troféu ao céu da felicidade rubra.

Com dimensão nacional nos seus próprios países, com mais de 10 milhões de adeptos espalhados pelos cinco continentes, com um histórico recheado de triunfos, há apenas sete clubes míticos no mundo. A saber: BENFICA, Real Madrid, Juventus, Bayern de Munique, Manchester United, Flamengo e Boca Juniors.

Existiu uma ideia, existiu um sonho. Existe uma história, existe uma mística. Não se espezinha um clube com verdade centenária, não se espezinha um clube com dimensão planetária. As sentinelas vermelhas estão alerta. Com furiosa razão da justiça.

Ministro da Administração Interna garante segurança às águias

01.10.10, Benfica 73

Uma delegação do Benfica, liderada pelo presidente Luís Filipe Vieira, foi recebida esta sexta-feira no Ministério da Administração Interna. Em cima da mesa estiveram queixas sobre a forma como a equipa «encarnada» tem sido hostilizada sempre que se desloca à cidade do Porto. E o governante Rui Pereira garantiu que as águias vão poder viajar por todo o país sem temer pela integridade física.

O pedido desta audiência com o ministro Rui Pereira já tinha sido anunciado no passado dia 13 de Setembro, após reunião dos Órgãos Sociais do clube.

A delegação do Benfica, constituída por Luís Filipe Vieira, Luís Nazaré (presidente da Mesa da Assembleia Geral) e João Gabriel (director de comunicação do clube), esteve no Ministério cerca de uma hora.

No final, Luís Nazaré mostrou-se satisfeito com a audiência, revelando aos jornalistas: «O senhor ministro disse-nos que lugar algum do País está à margem daquilo que deve ser um ambiente de tranquilidade e de segurança, para qualquer espectáculo, desportivo ou outro qualquer. Está empenhado em que, em todo o território nacional, seja em espectáculos de cariz desportivo ou quaisquer outros, essa segurança seja assegurada».

«O Benfica vai ter de se deslocar ao Estádio do Dragão, jogo que se afigura como muito importante. O que queremos, uma vez mais, é que se possa deslocar em condições de segurança, ao contrário do que tem acontecido nos últimos tempos, em deslocações recentes, como é do conhecimento geral. Queremos que os nossos atletas se possam deslocar de uma forma tranquila, que não haja manobras de intimidação, que não haja violência, que não haja todo o conjunto de perturbações que, infelizmente, conhecemos», acrescentou o presidente da Mesa da Assembleia Geral da turma da Luz.

Fonte: A Bola

Cardozo e Rúben Amorim prosseguem tratamentos

01.10.10, Benfica 73

O avançado Óscar Cardozo e o médio Rúben Amorim prosseguiram, esta sexta-feira, com os tratamentos às respectivas lesões.
Cardozo fez tratamento à entorse no joelho esquerdo com lesão no ligamento lateral interno. Enquanto, Rúben Amorim fez tratamento e trabalho de ginásio a uma tendinite rotuliana nos joelhos.
Javier Balboa fez tratamento e trabalho individual de campo por causa de uma lesão no menisco externo do joelho direito.

Fonte: A Bola

Kardec apela ao apoio dos adeptos frente ao Sp. Braga

01.10.10, Benfica 73

Ultrapassado o desaire na Liga dos Campeões, frente ao Schalke, jogo no qual regressou à equipa, Alan Kardec espera que o Benfica possa dar sequência diante do Sp. Braga à série de vitórias no Campeonato. Para tal, conta com o apoio dos adeptos do clube.

«Respeitamos o Sp. Braga, que é uma óptima equipa, está na Champions e ainda vem de uma excelente temporada. Mesmo assim, a nossa expectativa é manter a sequência de vitórias e sair do campo novamente com os três pontos. Para isso, esperamos contar novamente com o apoio dos nossos adeptos para mais esta difícil partida», disse o avançado brasileiro, em declarações prestadas à sua assessoria de imprensa.

Fonte: A Bola

Coentrão e Carlos Martins na selecção nacional

01.10.10, Benfica 73

Os jogadores do Sport Lisboa e Benfica Fábio Coentrão e Carlos Martins foram convocados esta sexta-feira pelo seleccionador nacional, Paulo Bento, para os encontros de qualificação com as congéneres da Dinamarca e da Islândia.

Integrando o Grupo H da fase de apuramento para o Campeonato da Europa, Portugal vai defrontar a Dinamarca no próximo dia 8 de Outubro, pelas 20h45, no Estádio do Dragão. A deslocação à Islândia vai ter lugar no dia 12 de Outubro. O jogo está agendado para as 20h45.

Para estes dois jogos, o novo seleccionador nacional conta com dois atletas do Benfica. Fábio Coentrão já era um “habitué” nas últimas convocatórias da selecção nacional, enquanto Carlos Martins não tinha sido opção nos últimos tempos.

Fonte: SLB

A maçã ou a árvore

01.10.10, Benfica 73

Passaram seis jornadas, correspondentes a um quinto da Liga, e o discurso comum a muitos dos jogadores sportinguistas mais parece de Março do que de Setembro – costuma ser pela primavera que aqueles que se adivinham como perdedores partem para o discurso do estereótipo e falam na recusa “em atirar a toalha”, a alternativa poética ao científico “enquanto for matematicamente possível”. Ouvir esta história quando o Outono ainda mal se instalou só pode ter uma explicação: que nada mudou para melhor de uma época para outra. Ora este desgaste faz-se sentir de forma mais rápida e mais intensa na relação dos adeptos com a equipa de futebol e, por inerência, com os corpos dirigentes do clube.

É impossível dissociar o estado das coisas do consulado de José Eduardo Bettencourt. Foi com ele que ouvimos o célebre “Paulo Bento forever”. Foi com ele que os leões viveram as trapalhadas com o contrato falhado com André Villas-Boas. Foi com ele que se assistiu a um indigno isolamento de Carlos Carvalhal. É com ele que Paulo Sérgio anda a tentar perceber se conta ou se nem por isso. Mais: para o posto de director-desportivo, Bettencourt começou por manter um apagado Pedro Barbosa, errou no casting ao escolher Ricardo Sá Pinto, mudou radicalmente ao eleger Costinha, omnipresente, sempre disposto a falar com voz grossa (mesmo quando a prudência e a diplomacia aconselham o contrário), um homem que – para os menos atentos – poderia mesmo passar por patrão do clube.

Bettencourt pecou quase sempre por excesso, desde o episódio em que desdenhou do fundo de jogadores do Benfica (para depois mostrar desejo de criar o seu) até ao outro em que elegeu o FC Porto como “modelo”. Além disso, quanto à política de jogadores, conseguiu a mais radical das trocas – da aposta numa formação que ia chegando para municiar a casa, para mitigar a fome das cofres e até para desperdiçar (Varela no FC Porto e Carlos Martins no Benfica são apenas os exemplos mais recentes e em evidência), quis dar-se o salto para o mercado puro e duro. Foi maior do que a perna, curta pela falta de dinheiro. Hoje, são os próprios sócios e adeptos sportinguistas que questionam a política de aquisições, ficando por apurar se o clube está a servir-se dos empresários ou se são estes que coordenam as aquisições e as vendas de acordo com os respectivos interesses. Basta olhar para o dinheiro gasto e para as contrapartidas apresentadas em campo. Depois, claro está, o mais fácil é culpar o treinador – e assim começam os “cemitérios”.

Acima de todos, não esqueço João Moutinho, que, num ápice, num defeso, passou de capitão e símbolo a proscrito e maçã podre. Tenho a ideia de que nenhum fruto apodrece se a árvore não o deixar cair.

Autor: JOÃO GOBERN

Entrevista completa do Roberto – Jornal O Benfica

01.10.10, Benfica 73

Roberto, já és um homem feliz em Lisboa?

Sim. Claro que sim. Já cá estou há dois meses e agora já me estabilizei.

Custou muito?

Acho que custa sempre. Quando sais do teu país, da tua vida de todos os dias desde menino, é sempre difícil. Ainda por cima quando sais para outro país, mesmo que este fique aqui bem perto. Mas é sempre difícil o primeiro tempo de adaptação.

Magoaram-te as dúvidas que as pessoas começaram por ter das tuas capacidades?

Eh…eh…Bem… As pessoas têm o direito de pensar o que quiserem. Eu limito-me a fazer o meu trabalho o melhor possível e o mais importante é eu acreditar em mim mesmo e saber sempre qual é o meu limite. Por isso estive tranquilo durante todo este tempo porque sabia que se trabalhasse como estamos trabalhando todos os dias, não apenas eu, mas toda a equipa iria melhorar muito e que as coisas iriam começar a acontecer como calculámos que iriam acontecer quando começamos a trabalhar.

E os teus colegas, que te diziam?

Bom, todos nós estamos habituados ao que é na realidade o futebol. Sabemos que as coisas mudam de um dia para o outro. O que hoje é bom é mau amanhã e o que é mau amanhã é óptimo no dia seguinte. Eles não estavam preocupados. Todos nós nos vemos a treinar uns aos outros todos os dias e estamos todos, mas todos, muito tranquilos porque temos um plantel muito, muito competente, capaz de atingir aquilo que queremos.

E o Jorge Jesus? Que te disse o treinador nessas fases mais difíceis?

O “mister” sabe bem como tratar com um jogador nestes casos, sabe falar e sabe aquilo que precisa de dizer. E isso também foi importante. Não apenas o que me disse, mas o que disse a todos os jogadores. Mandou-nos estar tranquilos, trabalhar o melhor possível, e garantiu que iria estar aí com todos nós. Que temos de olhar em frente e levantar a cabeça para trabalharmos o melhor possível.

És uma pessoa tranquila?

Sim. Considero-me muito tranquilo. Em todos os aspectos. O único dia em que me recordo de estar muito nervoso foi quando nasceu a minha filha e se comparo isso, que considero nervos de verdade, ao meu trabalho, então posso dizer que sou mesmo muito tranquilo.

Por falar em tranquilidade: dois jogos seguidos sem sofrer golos. Serve para dar tranquilidade ao Roberto e à defesa em geral, não?

Eu acho que sempre que uma equipa não sofre golos é muito importante para todos. O trabalho defensivo não é trabalho exclusivo dos defesas. O mérito começa em quem joga na frente e que são os primeiros a defender. Agora, claro que estamos todos muito felizes por não sofrer golos porque sabemos que, com a qualidade que tem esse plantel, se não sofrermos golos ganhamos 99% dos jogos.

O que sentiste quando defendeste o “penálti” frente ao Setúbal?

A verdade é que foi um momento muito especial para mim. O que sucedeu nesse dia não é normal. Eu não estava completamente feliz, como se percebe, porque não fui titular e nós, jogadores, queremos ser sempre titulares nos jogos todos… e o futebol é assim: às vezes é preciso acontecer algo que não é bom para a equipa para que alguém se destaque. Não tenho dúvidas que vai ser um dos momentos de que mais me vou lembrar em toda a minha carreira.

Consideras-te uma pessoa com sorte?

Sim, sim! Acho que todos nós que podemos desfrutar desta profissão nos devemos considerar pessoas de sorte. Somos uns privilegiados por poder viver deste desporto em toda a gente ama. Eu considero-me um pessoa de muita sorte…

Também és um homem de sorte no teu dia-a-dia?

Claro! Tenho uma família maravilhosa, um trabalho fantástico, uma mulher e uma filha incomparáveis, que posso pedir mais?

Mas sofrer um golo como aquele da Académica no último minuto do jogo não pode ser considerado sorte…

Não é sorte… mas é futebol. Vemos golos assim em todos os campeonatos, todos os dias…

Alguma vez tinhas sofrido um golo assim?

Sim. Várias vezes. Olha, na época passada, no Saragoça, a lutar para não descermos, a precisarmos muito de pontos, sofremos golos no último minuto. Não há palavras para descrever esses momentos. Há que vivê-los para saber como é.

Quem parece que te traz azar é o FC Porto. Aleijaste-te com gravidade no Dragão, para a Liga dos Campeões, agora vês o FC Porto a 9 pontos de distância…

É como digo: futebol. Há coisas pontuais, como ter jogado no Porto na época passada e ter sofrido essa lesão bem complicada para mim, e agora é um rival directo. Desde o dia em que cheguei que interiorizei que o Benfica é o Melhor Clube do Mundo, a minha casa, a minha família, todos os outros são apenas rivais aos quais vamos ter de ganhar.

Ficaste surpreendido com o que vieste encontrar no Benfica?

Sim. Houve várias coisas que me surpreenderam. Sobretudo os adeptos. Na pré-época, na Suíça, ver duas e três mil pessoas nos treinos a apoiar-nos, e todo o carinho que nos dispensam aqui todos os dias, mesmo na rua, impressionou-me muito. Internamente, a organização é impressionante. Tem tudo o que é preciso para que o Benfica chegue onde quiser.

Mesmo a nove pontos de distância, ainda acreditam no título?

Acreditamos sempre! Levantamo-nos de manhã para vir para os treinos acreditando no que fazemos. Agora, o Benfica não pode ter limites! Temos todos de olhar para o mais alto possível porque temos equipa para fazer coisas ao melhor nível. Não queremos saber dos nove pontos. Queremos saber dos três pontos que temos de ganhar todas as semanas. Não vale a pena estar a olhar para mais longe. Ganhámos dois jogos seguidos sem sofrer golos, um para a Liga dos Campeões e outro contra um rival muito forte, sábado temos de ganhar na Madeira e assim por diante. Jogo a jogo.

E na Liga dos Campeões? O optimismo também é grande?

Claro que sim! Sobretudo depois de termos ganho o primeiro jogo. Sabemos que temos qualidade para fazer uma boa prova, coisas importantes. Sabemos que estão nela as melhores equipas da Europa e sabemos que o Benfica merece jogar esta competição. Acho que temos qualidade para ganharmos os jogos suficientes para passar a fase de grupos e depois concentrar-nos-emos passo a passo.

Se te perguntar quais as tuas melhores qualidades como guarda-redes, que me dizes?

Não gosto muito de falar sobre mim próprio, mas acho que sobretudo a minha, não sei como se diz em português, consistência…

Pois é igual.

Então consistência. E a minha forma de trabalhar sempre com vontade de melhorar todos os dias, ouvindo sempre os conselhos de quem trabalha comigo. Tive grandes técnicos de guarda-redes que me diziam que por causa da minha estrutura poderia poder vir a ser um bom guarda-redes. Espero poder vir a dar-lhes razão.

Encontras muitas diferenças entre o campeonato português e o espanhol?

A única que encontro é a de os jogadores da Liga Espanhola serem mais conhecidos. Aqui há muita qualidade, muita qualidade. Nesta Liga há jogadores de grande qualidade. E as pessoas que não pensem que é só em duas ou três equipas…

Foi fácil adaptares-te a este Benfica, não? Quase metade da equipa fala castelhano… Ou tentam falar português uns com os outros?

Bem, eu tanto sempre falar português. Esta é a minha casa e procuro adaptar-me. Sei que não falo português muito bom, mas tento. E mesmo dentro da equipa também tentamos. Embora, claro, quando estamos sozinhos uns com os outros que falam castelhano se fale assim…

Também vieste encontrar jogadores que passaram pelo campeonato espanhol: Javi García, Aimar, Saviola…

Sim. Sobretudo foi importante estar aqui o Javi García. Deu-me grande tranquilidade. Não só nos conhecemos das selecções jovens de Espanha como somos amigos desde meninos em Madrid, ele jogando nas camadas jovens do Real e eu do Atlético. Quando cheguei, tanto ele, como Aimar ou Saviola fizerem tudo para me integrar mais facilmente. Não tive nenhum problema. Toda a equipa foi fantástica!

Achas que os adeptos do Benfica estão à beira de ver o melhor Roberto?

Acho que podem estar a ver o Roberto que eu quero que eles vejam. Mas acho que sou muito jovem e terei muitos anos para melhorar. Por isso espero que eles vejam sempre um Roberto melhor!

Queres ficar muitos anos no Benfica?

Claro! Assinei por cinco anos, e se assinei este contrato é porque quero cumpri-lo. O Benfica é um clube para se ficar a vida toda! Poucos clubes terão tantas boas coisas juntas como o Benfica. Os melhores adeptos, uma organização fantástica, um Estádio maravilhoso. Claro que quero ficar muitos anos.

Queres deixar uma mensagem para os adeptos?

Quero agradecer-lhes. E dizer-lhe que acreditamos neles e que eles podem acreditar sempre em nós. Todos juntos faremos coisas grandes!

Apesar de tudo, o público, ao contrário do que sucedeu com a Comunicação Social ou com determinados colunistas, teve mais paciência…

Sim. Tenho a agradecer aos adeptos o seu comportamento nos dias mais difíceis. Estiveram comigo, apoiaram-me, e isso para um jogador é muito importante porque somos pessoas e temos sentimentos e este desporto tem muito de psicológico e muito daquilo que os adeptos nos podem dar para nos sentirmos melhor. Na verdade tenho muito para agradecer. Eu tento fazer o meu trabalho, mas eles fazem o seu na perfeição.

Xistra amarelo por Arons de Carvalho – Jornal o Benfica

01.10.10, Benfica 73

1. Convincente triunfo sobre o Sporting, que poderia ter saído do nosso Estádio com uma derrota ainda mais larga, face às oportunidades desperdiçadas. Mas o importante foi a vitória e a demonstração de nítida melhoria na condição da equipa, mais próxima do rendimento da época passada. Objectivo, agora, é ir ganhando jogo a jogo, de forma a recuperar o atraso que algumas lamentáveis arbitragens nos impuseram. Desta vez, felizmente, não houve casos. Mas o árbitro Xistra, na linha de Machado, Proença e Benquerença, andou sempre com o “amarelo” na mão, pronto a punir os nossos jogadores, algumas vezes com razão, várias outras sem ela. À conta de amarelos mal mostrados, estaremos dentro de poucas jornadas com várias baixas. Para além de já termos actuado ao longo de muitos minutos com jogadores condicionados. Neste aspecto, voltámos a ter razões de queixa.

2. Ao longo da semana, ouvimos a conversa habitual: “Quando perdem, desculpam-se com a arbitragem e atacam os árbitros.”Pode colocar-se em causa, no comunicado dos Órgãos Sociais, o facto de se ter “disputado” em várias direcções, numa altura em que o maior prejuízo vinha das arbitragens. Mas é inegável que o Benfica tem sido neste campeonato muito prejudicado. E que ao longo de muitos e muitos anos - as escutas recentes, como as facturas das viagens ao Brasil e os “quinhentinhos” das décadas passadas comprovam-no à evidência – houve um clube que comprou os árbitros e ganhou muito à conta disso. Além disso, as pessoas que subornaram continuam nos mesmos lugares, como se nada de mal tivessem feito. Será que teremos que continuar a “comer e calar”? Ou, para sermos campeões, teremos que jogar sempre para ganhar por três ou quatro golos para no fim vencermos por um ou dois?

3.O treinador de basquetebol do FC Porto foi há cerca de um ano investido no cargo de seleccionador nacional, perante a reprovação geral. Um após, a Federação reconheceu que não devia ocupar estes dois cargos em simultâneo e dispensou-o. Mais vale tarde... que nunca, mas não havia necessidade de fazer a experiência...

Kardec será a alternativa a Cardozo

01.10.10, Benfica 73

A lesão de Oscar Cardozo vai obrigar Jorge Jesus a mexer na dupla atacante dos encarnados e a encontrar outro parceiro para Javier Saviola. O paraguaio vai desfalcar o onze dos campeões nacionais nos próximos jogos e Alan Kardec perfila-se como a solução mais óbvia para substituir Tacuara, melhor marcador dos encarnados nestas duas últimas temporadas.

O brasileiro é alto, possante fisicamente, forte no choque, é um homem de área e, por isso, tem características muito parecidas com o paraguaio e pode entender-se bem com Javier Saviola, um jogador mais móvel na frente de ataque.

Neste contexto, Alan Kardec terá a oportunidade de mostrar serviço já no jogo com o Sp. Braga e confirmar as boas indicações dadas na pré-temporada. O internacional canarinho Sub-20 apontou 4 golos nos jogos de preparação e deixava antever que poderia ser este o ano da total afirmação de águia ao peito.

Porém, uma lesão contraída antes do encontro da Supertaça, com o FC Porto, atirou o brasileiro, de 21 anos, para o estaleiro durante várias semanas e impossibilitou-o de dar o contributo à equipa. Agora, Kardec está totalmente recuperado e no encontro da última quarta-feira com o Schalke 04 somou os primeiros minutos oficiais da temporada.

Novidade no onze diante do Sp. Braga, deverá ser também Pablo Aimar. O internacional argentino, de 30 anos, está recuperado da lesão sofrida, já alinhou na partida diante dos alemães e agora volta definitivamente à titularidade, assumindo a batuta do meio-campo, que tem estado a cargo de Carlos Martins. Aliás, com a entrada de El Mago, o internacional português deverá derivar para o lado direito do meio-campo, posição onde já alinhou várias vezes nesta temporada.

Fonte: Record

Cardozo três semanas de baixa

01.10.10, Benfica 73

Óscar Cardozo poderá, ao que tudo indica, regressar à competição no jogo em Lyon, para a Champions, no próximo dia 24. Essa é a expectativa na Luz, após a equipa médica ter ontem reavaliado o joelho esquerdo do avançado.

Falha o jogo com o Sp. Braga, domingo, e Arouca (dia 16) além dos particulares do Paraguai com a Austrália (9/10) e Nova Zelândia (12/10). Três semanas é o tempo estimado para a recuperação.

Cardozo iniciou já ontem a recuperação da lesão no ligamento lateral interno, depois ser submetido a ressonância magnética, que afastou o pior cenário. A inevitabilidade de uma cirurgia para debelar a entorse com lesão no ligamento lateral interno era o cenário mais temido, felizmente afastado para os campeões.

Fonte: A Bola

Discurso de Luís Filipe Vieira na AG Ordinária

01.10.10, Benfica 73

O presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, discursou esta quinta-feira na Assembleia Geral Ordinária do Clube. Leia a intervenção na íntegra.

“Permitam-me que comece esta minha intervenção dando conta de uma obra que está a ser realizada junto à porta 18 – cuja conclusão está prevista para as próximas semanas – e que é, para esta Direcção, motivo de grande satisfação.

Como todos sabem, para mim uma promessa é uma dívida, e havia uma promessa antiga que por diversas razões ainda não tinha sido possível cumprir até aqui. Felizmente, chegou o tempo de saldar essa divida, que é uma divida de gratidão.
Dentro de poucos dias será erguido o ‘mural’ com os nomes de todos os sócios ‘fundadores’ do novo estádio.

Sócios que, num momento difícil da nossa vida associativa, ajudaram o Sport Lisboa e Benfica a construir a sua ‘nova’ casa.


Sócios que num momento em que era necessário recuperar a nossa auto-estima, disseram presente!

Sócios que ajudaram financeiramente a erguer o estádio de que hoje todos nos orgulhamos.

Sempre fui agradecido a quem me ajudou na minha vida! Como presidente do Benfica a minha postura não podia ser diferente!

Este mural representa o nosso obrigado a todos esses sócios que num momento de incerteza nos ajudaram a escolher o caminho do crescimento e da modernização!

Obrigado a todos!!

Continuamos a viver, economicamente, tempos difíceis, o que nos obrigou a enfrentar novos desafios, definindo uma estratégia clara que nos permitiu chegar onde chegamos. Temos vindo a saber encontrar o bom caminho nos momentos mais difíceis.

Conseguimos melhorar em muitos capítulos, sem nunca desistir do rigor nas nossas contas. Não é um exercício fácil, mas é necessário se pretendemos manter o Clube no patamar onde ele chegou.

Como poderão ver no relatório que vos foi entregue, o Clube obteve um lucro de 2,4 milhões de euros, mas a vida do Clube vai muito para além dos seus mapas contabilísticos. É evidente que compete-nos gerir com prudência, principalmente em função da degradação económica que vivemos, mas continuam a ser os êxitos desportivos que orientam a nossa acção diária.

Como sempre foi assumido por esta Direcção, os sócios vão continuar a estar no centro da nossa estratégia de desenvolvimento, sem eles nada disto faz sentido. Mas é, igualmente, importante que se mantenha a dinâmica de crescimento do número de associados. Os 300 mil é a próxima meta, atingi-la é responsabilidade de todos e a melhor manifestação da nossa vitalidade e do nosso dinamismo.

A responsabilidade de continuar a fazer o Benfica crescer não é apenas da Direcção – desta ou de qualquer outra. É responsabilidade de todos os sócios, é responsabilidade de todos os adeptos.
Este deve ser o tempo em que todos aqueles que ainda não são sócios devem formalizar a sua relação com o Clube. Quanto maior for a nossa força mais fácil será enfrentar as dificuldades que se avizinham.

No que se refere às modalidades a nossa aposta mantêm-se com o reforço de todas as equipas, mas com a certeza da necessidade de alcançar resultados equilibrados. O nosso propósito é que todas as modalidades tenham a capacidade de lutar por todos os títulos em discussão.

Podemos não os ganhar todos, mas temos a obrigação de estar em todas as finais. É essa a responsabilidade que os nossos técnicos sabem que têm, é essa a meta que deve ser partilhada por todos os nossos atletas!

Permitam-me que saúde aqui a nossa equipa de hóquei em patins que conquistou de forma tão brilhante, no passado domingo, a Supertaça, algo que já não acontecia desde 2001. Esta deve ser a regra e não a excepção!

Essa é, pelo menos, a minha ambição!

No que toca a outra das promessas eleitorais da actual Direcção, o Museu continua a ser um dos objectivos do presente mandato, por tudo quanto ele representa para a preservação da nossa memória, mas principalmente no que ele representa a nível do legado que queremos deixar as gerações futuras.

Temos essa responsabilidade e essa obrigação e posso-vos garantir que eu estou empenhado em deixar – neste estádio – um Museu que orgulhe todos os Benfiquistas!

O nosso Clube também é a nossa história, e o nosso Museu deverá ser lugar de memória, de identidade, de renovação!

Quanto aos nossos meios internos, além da reformulação do Jornal do Benfica, do desenvolvimento e da internacionalização da Benfica TV, continuamos apostados em defender de forma intransigente os valores dos nossos direitos audiovisuais.
Dentro de poucas semanas vamos concluir algumas parcerias que vão permitir à Benfica TV chegar a mais uma série de países, algo que me deixa naturalmente satisfeito, tendo em conta não apenas a juventude do projecto, mas sobretudo a sua importância estratégica na afirmação dos valores universalistas do Sport Lisboa e Benfica.

Finalmente, uma palavra para as Casas do Benfica. A sua dinamização e a uniformização de toda a rede contínua a ser uma prioridade, por tudo quanto representam a nível da expansão e da defesa do Clube.

Se quiserem assumir a sua tarefa – e estou convencido que querem – as Casas serão fundamentais para o crescimento e consolidação do Benfica.

O nosso caminho vai continuar a ser feito de grande determinação, de muita inovação na acção e de absoluto rigor na gestão!”

Fonte: SLB

Encarnados recebidos pelo Governo

01.10.10, Benfica 73

O Benfica vai ser recebido na sexta-feira pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, para abordar os actos de violência e vandalismo contra o autocarro do clube nas deslocações ao norte para os jogos da Liga.

Liderados pelo presidente da Direcção, Luís Filipe Vieira, os titulares dos corpos gerentes encarnados serão recebidos às 18 horas em audiência, pedida após a reunião do plenário dos órgãos sociais do Benfica, a 13 de Setembro, na sequência dos incidentes registados com o autocarro do clube depois do jogo Vitória de Guimarães-Benfica (2-1), da quarta jornada.

Em comunicado subsequente a essa reunião, o Benfica solicitou ser recebido por Rui Pereira para "debater a violência" de que a equipa encarnada "tem sido alvo cada vez que se desloca ao Porto".

O clube denunciou a impunidade com que o autocarro do clube tem sido vandalizado, violência essa que "atenta contra a integridade física dos seus atletas".

Na mesma reunião, os órgãos sociais do Benfica decidiram declarar o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, "persona non grata", e apelaram aos sócios e adeptos que se "abstenham de se deslocar aos jogos fora".

Esta reacção violenta surgiu na sequência de erros do árbitro Olegário Benquerença no jogo que o Benfica disputou em Guimarães, os quais prejudicaram alegadamente a equipa da Luz.

A delegação do Benfica que se deslocará ao Ministério da Administração Interna será constituída por Luís Filipe Vieira, presidente da Benfica SAD e do clube, Luís Nazaré, que preside à Mesa da Assembleia Geral da colectividade, e Rui Barreira, que superintende ao Conselho Fiscal.

Fonte: Record

Passivo reduzido e lucro dois anos depois

01.10.10, Benfica 73

Sócios aprovaram em AG lucro de 2,38 milhões de euros em 2009/10. Passivo desce 90 milhões de euros
Uma brutal redução de 90 milhões de euros no passivo - de 162,2 milhões para 72,5 milhões - e a obtenção de lucro no valor de 2,383 milhões de euros, após dois anos de prejuízos, destacam-se nas contas do Benfica (clube) do exercício de 2009/10 (até 30 de Junho), ontem à noite apresentadas pela Direcção e aprovadas pelos sócios por unanimidade, em Assembleia Geral, na Luz.
A reestruturação empresarial do Grupo Benfica explica algumas das modificações, a par do incremento das receitas, em especial de quotas (mais dois milhões de euros de impacto). Mas o activo também desceu, em 87,4 milhões de euros: situa-se agora em 57,7 milhões de euros.

Fonte: A Bola