Rui Costa "Ainda pode haver novidades" - Video
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O JOGO sabe que Fábio Coentrão deverá reunir-se nos próximos dias com o próprio presidente dos encarnados, Luís Filipe Vieira, para que o processo avance. Em cima da mesa estará não apenas o aumento da cláusula de rescisão como também uma melhoria substancial do salário de Coentrão - um dos mais mal pagos do plantel, tendo em conta a sua importância no desenho táctico de Jorge Jesus. O lateral-esquerdo, que foi um dos jogadores mais utilizados pelo técnico encarnado na temporada transacta, irá passar a auferir um salário mais condizente com a preponderância que tem na equipa, ao nível de outros habituais titulares. A renovação, todavia, não contemplará um aumento da duração do contrato, mantendo-se a ligação entre o atleta e o clube encarnado até 2015, exactamente como agora.
Esta medida visa afugentar os muitos - e poderosos - interessados no lateral, numa altura em que ainda faltam 12 dias para o fecho do mercado. Logo após o Mundial - onde Coentrão se cotou como uma das melhores unidades da selecção portuguesa - surgiram notícias do interesse de Bayern de Munique (o mais entusiasta), Real Madrid, Chelsea e Manchester City.
Com o aumento da cláusula rescisória, os encarnados reforçam a sua posição e mostram que estão apostados em não perder uma das suas jóias mais cintilantes, depois das saídas de Di María e Ramires, cujas ausências que tantas dores de cabeça têm provocado a Jorge Jesus e a todos os adeptos encarnados...
Fonte: O Jogo
PINTO DA COSTA, testemunha de defesa de Carlos Queiroz, foi ouvido na sede da FPF pelos instrutores do processo disciplinar que lhe foi movido por uso de linguagem grosseira em representação oficial do país.
Depois de prestar o seu testemunho, o presidente do FC Porto proferiu, perante meio círculo de jornalistas uma curiosa palestra filológica explicando, muito folgazão, que ninguém no seu perfeito juízo se pode considerar insultado se outro alguém, no seu perfeito juízo, o tratar por filho da puta, visto que a expressão é absolutamente coloquial, inocente não só entre estranhos como até é especialmente comum entre amigos e entre pessoas que se estimam e respeitam.
O próprio Pinto da Costa deu o exemplo, tratando adoravelmente por filho da puta o jornalista que tinha mais à mão como prova de que a intenção de ofender jamais está presente quando o referido cumprimento é utilizado nas mais correntes das situações.
Não discutindo sequer o teor da palestra filológica proferida pelo presidente do FC Porto e, muito menos, não caindo na tentação fácil de produzir julgamentos moralistas sobre hábitos alheios, pouco mais resta do que, lamentavelmente, Pinto da costa não tem à sua volta, quando fala, os jornalistas de que a sua personalidade merecia dispôr.
É que não houve nenhum, entre os jornalistas presentes que tivessem ali mesmo, no momento, na frente do presidente do FC Porto, o golpe de asa profissional, o repente do génio intuitivo, ímpeto de um taco a taco de todo legitimo para responder a Pinto da Costa da mesma coloquial moeda, absolutamente «normal», para usar as palavras do próprio orador no trato com o próprio orador que, certamente, não se sentiria minimamente incomodado por ser tratado, com toda a normalidade, de filho da puta por um jornalista qualquer.
O que terá impedido os jornalistas, superiormente autorizados pelo o discurso de Pinto da Costa, gravado, filmado e já disponível no Youtube, de anteceder todas as perguntas que fizeram ao presidente do FC Porto pela forma coloquial advogada pelo palestrante? Será que recearam vir a ser algo de processos judiciais por uso e abuso de linguagem grosseira, como aconteceu a Carlos Queiroz? Mas como seria isso possível e que o juiz de que tribunal decidiria a favor do pretenso ofendido se o próprio foi o primeiro a autorizar e a publicitar o bonito uso da expressão?
Deve ser, na verdade, uma tristeza para Pinto da Costa ter tão limitados interlocutores à sua frente. É que até parece que não lhe fazem justiça, ao talento.
Fica apenas uma dúvida por esclarecer. Será que sempre que visita a Assembleia da República para receber, anualmente, os preitos de homenagem dos nossos deputados, Pinto da Costa, com toda amabilidade que a ocasião requer, trata os filhos da puta os magistrados da Nação? Com certeza que sim.
JOSÉ MOURINHO está encantado com Cristiano Ronaldo e não perde nenhuma oportunidade para afirmar publicamente todo o apreço que tem pelo o jogador seu compatriota. No entanto, é velho e comprovadíssimo o postulado da nossa cultura social de se dizer que em Portugal as homenagens são sempre contra alguém.
As homenagens prestadas por Mourinho a Cristiano Ronaldo, por mais juntas e merecidas que sejam, não escapam, aparentemente, a essa regra de ouro da nossa original convivência nacional. «Cristiano Ronaldo tem condições para ser capitão de qualquer equipa», afirmou ainda esta semana o treinador do Real Madrid respondendo de forma indirecta, ou seja, sem nomear o alvo a que se dirigia: Carlos Queiroz, seleccionador nacional, que, no regresso cabisbaixo da África do Sul, concluiu em voz alta que talvez tivesse sido cedo demais a entrega da braçadeira de capitão da equipa portuguesa ao mesmíssimo Cristiano Ronaldo.
Os mind games de José Mourinho, ao contrário do que é habitual, não provocam grande mossa no seu destinatário, envolvido que está numa questão jurídica e disciplinar que o deve ocupar a tempo inteiro.
Não resta, portanto, a Queiroz muita disponibilidade para se dar ao trabalho de desenrascar uma resposta igualmente sibilina a quem o provocou desde Madrid. Como sabemos, a guerra de Carlos Queiroz é, actualmente, outra e não tem nada a ver com futebol que é o domínio de excelência de José Mourinho e não o seu.
O seleccionador português sente-se provocado e acossado por uma miríade de inimigos que não calçam chuteiras e o querem ver removido do cargo e do contrato que lhe foi oferecido pela Federação Portuguesa de Futebol e, num afã trágico digno de uma novela mexicana - com todo o respeito pelas novelas mexicanas -, elevou a fasquia da sua resistência ao ataque de que é a vitima até ao mais alto e impensável dos limites:
- Só saio daqui morto. Não me intimidam. Posso sair morto mas não me intimidam – disse numa entrevista publicada pelo o semanário Expresso no sábado passado.
Nota-se, sem qualquer espécie de dúvida, uma curiosa evolução nos discursos de Carlos Queiroz, sempre que, inevitavelmente, é forçado pelas circunstâncias a pronunciar-se publicamente sobre a sua péssima relação com a FPF.
O público português, sempre impressionável com as grandes tiradas dos grandes interpretes, já teve oportunidade, por uma vez no século passado e por uma segunda vez no século corrente, o que é obra de ouvir Queiroz apelar à «vassourada» à Praça da Alegria no século XX, e a proclamar bem alto a sua vontade de morrer no gabinete do Largo do Rato, isto já no século XXI.
Isto porque, de um século para o outro, a Federação Portuguesa de Futebol mudou local na sua sede sem que tivesse mudado os critérios que levam aquela instituição de Utilidade Pública a contratar, ciclicamente, os serviços do treinador em causa para tudo terminar no ambiente espesso e de sonantes desconsiderações mútuas.
Naturalmente, na análise do caso mais recente, despontam sensibilidades diversas. A quem considere chocante o estilo vernáculo utilizado pelo o professor nos seus diálogos com os funcionários da Brigada de Antidopagem e há quem considere bem mais lamentável a frase «só saio daqui morto» do que os insultos dirigidos ao agregado familiar de Luis Horta, ainda no decorrer do estagio na Covilhã.
O julgamento de Carlos Queiroz, no entanto, esta quase a começar e não depende em nada da celeridade com que os órgãos disciplinares da FPF decidam sobre o caso.
O julgamento de Queiroz é de outra índole, mais popularucha, e tem a primeira sessão marcada para o dia 3 de Setembro, em Guimarães, quando a selecção nacional der o pontapé de saída da campanha de qualificação para o europeu de 2012. Os adversários de Queiroz não serão os instrutores do processo de que foi algum mas sim onze cipriotas praticamente desconhecidos e, por isso mesmo, mais perigosos.
Na realidade, é a bola e só a bola a rolar vai decidir o futuro de Queiroz no comando da selecção portuguesa.
E, contrariamente ao que era lógico supor, a bola é e sempre foi o maior adversário das pretensões de Carlos Queiroz. E também era mais ou menos isso que José Mourinho, desde Madrid, quis dizer…
FELIZMENTE que há benfiquistas que não são malfiquistas e que conseguem olhar com optimismo para todas as situações, incluindo as mais adversas. No primeiro fim-de-semana de Agosto muitos foram os optimistas que entenderam a justíssima derrota frente ao FC Porto como um excelente aviso contra os engalanamentos precoces. No segundo fim de semana de Agosto, mais precisamente no domingo passado, foram, sem duvida, mais raras as manifestações optimistas perante a derrota face à Académica mas, mesmo assim, ainda houve quem entende-se o desaire como excelente no sentido em que a nossa SAD, perante o obvio descontentamento popular, talvez assim se coíba de vender David Luiz e Fábio Coentrão no último dia do mercado, para evitar um motim popular.
É tudo absolutamente normal…
Autor: Leonor Pinhão
Fonte: A Bola
Fonte: A Bola
"Ainda pode haver mais alguma coisa até ao final do mercado".
Fonte: A Bola
Eduardo Salvio vai ser jogador do Benfica. Apesar da interferência de última hora do FC Porto, que tentou desviar o extremo argentino para o Dragão, foram as águias quem ganharam a corrida pelo talentoso atleta.
O campeão nacional acordou com o Atlético Madrid o empréstimo de Salvio até ao final da temporada 2010/11, sendo que o jogador deverá mesmo ser apresentado na Luz ainda esta tarde.
O próprio clube rojiblanco já confirmou, no seu site oficial, a cedência de Salvio aos encarnados por uma temporada.
Fonte: Record
Boa notícia para Jorge Jesus. O técnico já conta com Nicolás Gaitán sem limitações no treino do Benfica que decorre esta manhã, no Seixal, e onde se prepara a deslocação à Madeira para a turma da Luz medir forças com o Nacional.
Na véspera, o médio já tinha dado indicações que estaria perto da recuperação em pleno, já que trabalhou integrado, mas sob vigilância médica. Agora, o argentino debelou por completo o traumatismo na região costal direita.
Luisão, a contas com mialgia na face posterior da perna esquerda, trabalhou de forma condicionada, assim como Kardec, que procura recuperar de uma lesão tendinosa na face anterior da coxa esquerda.
Roderick (mialgia na face posterior da coxa esquerda) repetiu tratamento e trabalhou de ginásio, que tem vindo a fazer desde que se lesionou.
Os jovens Hélio Vaz e Vinicius Silva voltaram a trabalhar com o plantel principal num treino que não contou com a presença de Javier Balboa. O extremo foi operado com sucesso ao joelho direito e ainda terá alta esta quinta-feira.
Fonte : A Bola
O desempenho logrado na Liga dos Campeões pode revelar-se um autêntico caldeirão de ouro para o Benfica.
O campeão nacional acede diretamente à fase de grupos da competição e, só por isso, arrecada de imediato 7,1 milhões de euros. Por outro lado, a pool TV, verba resultante dos direitos televisivos para Portugal, concede 5 milhões de euros. No entanto, o Benfica apenas tem direito à totalidade da quantia caso o Sp. Braga seja afastado pelo Sevilha. Se o arsenal minhoto atingir a fase de grupos, o Benfica passa a deter “somente” 55 por cento da pool TV. Depois tudo depende da componente desportiva. O Benfica recebe 800 mil euros por cada triunfo na fase de grupos e 400 mil euros por cada empate. Se ultrapassar a fase de grupos, o Benfica dá novo mergulho no pote dourado.
Fonte: Record
Fonte: A Bola
O talento individual, que foi e sempre será a base do futebol, só atinge o máximo da utilidade se o treinador coordenar a sua expressão prática em prol do coletivo. Mesmo atribuindo caráter de urgência à harmonização das distintas características que formam o todo dividido em onze parcelas, a equipa também pode ser impulsionada por ações avulsas de um ou outro elemento. Tomemos como referência o último jogo na Luz, com a Académica, no qual chegou a ser escandalosa a diferença de intensidade, inspiração, dinâmica e regularidade entre um jogador e todos os restantes. Fábio Coentrão foi uma espécie de desenho animado alegre, criativo, dinâmico e atrevido que corrompeu o filme excessivamente sério, previsível e em certos momentos aborrecido de que o Benfica foi protagonista. Num jogo atípico, a começar pelo incrível número de remates produzido pela fábrica de golos composta por Aimar, Cardozo e Saviola (só 3 num total de 19), o lateral tentou rebocar companheiros, alimentou a esperança dos adeptos, foi o único a intimidar os adversários e consolidou imagem como referência do Benfica, do futebol nacional e europeu.
Diz César Luis Menotti que a técnica individual avalia-se pela máxima velocidade a que um jogador executa com precisão os gestos mais elementares. Seguindo o raciocínio, que separa desde logo o fundamental (passe, receção, desarme, remate e articulação motora com a bola) do supérfluo (a habilidade de truques e toques tantas vezes nocivos ao coletivo), Coentrão é um tecnicista sensacional. Por ser rápido em linha reta e aos ziguezagues; estimular o jogo combinado e entregar-se a exercícios solitários que são autênticas obras-primas; empolgar nas cavalgadas iniciadas atrás (corre como um puro-sangue) e satisfazer a inteligência na conclusão dos lances à frente (executa com a serenidade de um monge budista), restam cada vez menos dúvidas: é um jogador de ouro, o melhor português da Liga.