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Toda a informação sobre o Glorioso

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Toda a informação sobre o Glorioso

Luisão e Ramires vão representar o "escrete" no Mundial

11.05.10, Benfica 73

Lista de convocados:

Guarda-redes: Júlio César (Inter-ITA), Gomes (Tottenham-ING) e Doni (Roma-ITA);

Defesas: Maicon (Inter-ITA), Daniel Alves (Barcelona-ESP), Gilberto (Cruzeiro), Michel Bastos (Lyon-FRA), Lúcio (Inter-ITA), Luisão (Benfica-POR), Juan (Roma-ITA) e Thiago Silva (Milan-ITA);

Médios: Gilberto Silva (Panathinaikos-GRE), Josué (Wolfsburg-ALE), Felipe Melo (Juventus-ITA), Kléberson (Flamengo), Elano (Galatasaray-TUR), Júlio Baptista (Roma-ITA), Ramires (Benfica-POR) e Kaká (Real Madrid-ESP);

Avançados: Luis Fabiano (Sevilha-ESP), Nilmar (Villarreal-ESP), Robinho (Santos) e Grafite (Wolfsburgo-ALE).

Os estrangeirados - João Querido Manha

11.05.10, Benfica 73

Alguns rumores de que Carlos Queiroz e os seus novos conselheiros de imagem procurariam a todo o transe recuperar o prestígio esbanjado nos últimos dois anos foram ontem desmentidos, na forma e no conteúdo, pela convocatória para o Mundial da África do Sul em que conseguiu agravar o cisma, não só dos adeptos do Benfica, mas juntando-lhes agora também os do Sporting. Ao som de trombetas zulus e com a identidade cultural dos "guys" dessa banda de referência lusitana chamada Black Eyed Peas, Queiroz chamou uma voz da América para anunciar a selecção dele aos outros portugueses.

Após uma campanha de qualificação medíocre e terminada a ferros, vogando numa inexplicável ascensão ao terceiro lugar do ranking mundial, Queiroz teve cinco meses para elaborar um plano e definir uma selecção unificadora, sem esquecer um plano de comunicação que atenuasse a desconfiança e despertasse o necessário apoio de mais portugueses. A ideia parece inspirada, de forma canhestra, no plano original de Scolari de começar por hostilizar o clube dominante, através de Vítor Baía, para despertar na maioria dos portugueses um suporte fervoroso à equipa nacional - o mais incondicional e alargado que algum dia ela teve.

Como qualquer um, depois de surpreendido com uma lista de 50 pré-convocados, numa manobra digna de uma Federação terceiro-mundista, tentei colocar-me na cabeça do seleccionador, mas logo percebi que seria impossível descobrir os seus jokers e entender a sua bizarra tendência para o absurdo.

Por isso, ainda alarguei o exercício com uma margem de segurança e, em vez de 23, escolhi 29, admitindo uma "tolice" por cada sector e especialidade, na esperança de uma identidade que me auxiliasse na compreensão da constituição da equipa, ao longo do mês que falta para o início do Mundial.

Mesmo assim, falhei por três, o que me inflige uma decepção arrasadora. Como é que eu, português, vou justificar as chamadas de Daniel Fernandes, Ricardo Costa ou José Castro? Que qualidade individual ou prestação técnica e táctica pode oferecer à Selecção Nacional cada um destes jogadores? Que critério conduziu à escolha deste insólito trio, reflectindo-se na exclusão de Quim, Ruben Amorim, Daniel Carriço, Carlos Martins, Nuno Assis ou Makukula?

E quem vai entender a ideia de abrir uma nova frente de combate com a exclusão de João Moutinho, completamente desajustada dos dois anos de trabalho que ficam para trás: o capitão do Sporting era um dos cinco jogadores que não tinham falhado qualquer das 12 convocatórias anteriores de Carlos Queiroz.

Com a opção deliberada por estrangeirados sem referência entre nós, o seleccionador deu sinal de não pretender, afinal, qualquer "reconciliação" nacional e aproveitou a proximidade quotidiana dos jogadores do Benfica e do Sporting para condená-los em função do cariz internacionalista que visa adequar a imagem de Portugal à das selecções de África e da América do Sul. Só lhe falta agora transferir os jogos caseiros para Londres, Paris ou Zurique.

Autor: JOÃO QUERIDO MANHA
Fonte: Jornal Record

Cardozo - Jamais esquecerei a imagem indescritível da festa do título

11.05.10, Benfica 73

 

No Paraguai chamam-lhe agora “Rei de Portugolo”.

“A imagem de festa da noite do título é algo que nunca vou esquecer na vida. Foi algo absolutamente indescritível”.

“Fazer parte de uma equipa como a nossa é motivo de orgulho para qualquer jogador”.

Mas a admiração de Cardozo praticamente não conhece limites na hora em que procura explicar “a grandeza do Benfica”, que, segundo ele, “ficou bem demonstrada na noite de domingo.» «Foi algo absolutamente único”!

“Muito feliz por ter ganho a Bola de Prata”, tem uma palavra para os companheiros: “O mais importante para mim sempre foi trabalhar para a equipa”.

“Poder receber o prestigiado troféu de melhor marcador da Liga portuguesa é um bónus que acresce à conquista do Campeonato e mais um título que torna inesquecível para mim e, estou certo, para todos os benfiquistas, esta temporada”.

As promessas cumpridas de JJ

11.05.10, Benfica 73

O Campeão Nacional contou com jogadores a um nível altíssimo. Mas nenhum brilhou tanto como o treinador

 

Se fosse preciso eleger a maior figura na caminhada das águias rumo ao 32.º título de campeão, é difícil acreditar que algum sócio ou adepto dos encarnados, ou mesmo de algum clube rival, não pensasse imediatamente em Jorge Jesus. Brilhante a temporada de Di María, fantástica a de Cardozo, assombrosa a de David Luiz. Nada disto se discute. Mas quem conseguiria imaginar a que nível teriam estado estes jogadores sem o “arquitecto” do melhor Benfica dos últimos 20 anos?

Jesus revelou uma precisão cirúrgica, ao longo da época, sempre que decidiu arriscar previsões sobre o resultado do jogo seguinte ou, até, sobre a forma como esse desafio iria decorrer. Chegava a parecer premonitório. E nesse aspecto terá feito, a meio da temporada, a declaração mais ousada. “O Benfica vai fazer uma segunda volta ainda melhor do que a primeira”.

Ora, se a primeira metade da Liga já tinha sido “super” (36 pontos em 45 possíveis), como é que JJ poderia garantir eficácia ainda mais elevada? Voltou a cumprir, uma vez mais. O Benfica somou 40 pontos (!) entre a 16.ª e 30.ª jornada – correspondentes a 13 vitórias, um empate (Setúbal) e uma derrota (Dragão). Brilhante.

Cinco anos depois, as ruas, praças e avenidas (as tais que estavam sob “reserva” há algum tempo) voltaram a encher-se de adeptos encarnados, mas agora no culminar de um percurso que não tem comparação com o de 2005. O “outro” Benfica terá sido o campeão possível, enquanto este fez coisas que pareciam… impossíveis. Desta vez não faltaram bons motivos para festejar.

Foi pena que, na hora da derrota, Domingos Paciência tivesse sido traído pela desilusão que não conseguiu disfarçar. O tempo que ontem gastou a dizer que “o Benfica passou um terço do campeonato a jogar contra 10” teria sido melhor aproveitado se tivesse optado, antes, por elogiar o notável desempenho dos seus jogadores. O Braga foi muito bom, mas o Benfica foi ainda melhor. Justíssimo campeão.

Autor: Nuno Farinha

Fonte: Jornal Record