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benfica73

Toda a informação sobre o Glorioso

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Toda a informação sobre o Glorioso

Leixões 0 - 4 Benfica

28.02.10, Benfica 73

 

Confesso, estava receoso, não com o opositor mas com as condições climatéricas e com o estado do relvado. Assistimos a um autêntico massacre imposto pelo Glorioso, com momentos de magia por Di Maria, um puro rolo compressor.

Duas novidades no onze inicial de Jorge Jesus, Airton no lugar do castigado Javi Garcia e Éder Luis no lugar de Aimar. Esquema táctico diferente mas com a mesma atitude, controlar o jogo de principio ao fim.

 

O Benfica entrou no jogo muito forte, e logo aos três minutos, na sequência de um pontapé de canto batido por Éder Luís, David Luiz apareceu ao primeiro poste e cabeceou ao ferro da baliza. Estava dado o mote do que seria este jogo. Aos 21 minutos golo anulado a Di Maria por fora-de-jogo inexistente, Cardozo com um belo passe isola Di Maria que frente ao guarda-redes encostou para o fundo das redes. Aquele animal do auxiliar precisa de consultar um oftalmologista urgentemente. Passava o minuto 26 e o Benfica inaugurava o marcador. Remate a mais de vinte metros de Éder Luis, a bola sofre um desvio num defensor do Leixões e só para no fundo da baliza. Com o jogo em sentido único, até ao final da primeira parte, foram criadas mais oportunidades de aumentar a vantagem. Primeiro por Ramires, remate a sair por cima da baliza e depois Saviola à entrada da área a proporcionar excelente defesa a Diego.

 

No reatar do jogo nova oportunidade de chegar ao segundo golo, grande passe de Cardozo (mais uma vez) a isolar Di Maria e este na cara do guarda-redes permite a defesa. O Benfica continuava a carregar, e desta vez foi Cardozo a desperdiçar um lance criado por David Luiz. Aos 58 minutos finalmente o segundo golo, passe de Ramires, Di María sozinho e após recepcionar o esférico, desfere um remate de pé esquerdo que não deu hipóteses a Diego. Já com Carlos Martins em campo e com o Benfica a todo gás, chega o terceiro golo. Grande abertura do médio português para o argentino, que com muita classe fez um chapéu espectacular ao guardião da equipa do Leixões. Aos 86 minutos, a cereja no topo do bolo, o golo da noite. Jogada de Maxi Pereira pelo lado direito, passe para Di Maria à entrada da área, e este com um fabuloso remate deixou o guarda-redes Diego pregado ao solo sem reacção. Estava feito o quarto golo e o resultado final.

 

Destaque desta partida vai por inteiro para Di Maria, simplesmente fantástico, fez um hat-trick, que se não fosse o auxiliar seria um poker. Bom jogo do Cardozo, apesar de ter perdido dois golos certos, está excelente nas assistências e bela entrada de Carlos Martins. Uma referência final para Airton, uma boa estreia, apesar de alguma falta de ritmo e de ter sofrido bastantes faltas, fica na retina que com mais jogos poderemos ter uma excelente alternativa Javi Garcia.

 

 

                                     Mais uma demontração do rolo compressor.

Deus os livre dos castigos, que do ridículo é mais difícil

27.02.10, Benfica 73

Autor: Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Jornal A Bola
 

INDIGNADO com certas falcatruas, Rui Moreira deu o braço a Fernando Madureira, dos Super-Dragões, e foi manisfestar-se para a Sede da Liga de Clubes com o intuito de moralizar o futebol português. Os dois adeptos do clube cujo presidente cumpre neste momento uma pena de suspensão de dois anos por tentativa de corrupção estão compreensivelmente preocupados com determinadas injustiças. Sabemos todos que os sócios do clube que pagou uma viagem ao Brasil a Carlos José Amorim Calheiros são particularmente sensíveis aos atentados à verdade desportiva. Não admira: os adeptos do clube cujos dirigentes foram escutados a providenciar o fornecimento de rebuçadinhos, café com leite e fruta para dormir a certas equipas de arbitragem sempre foram extremamente exigentes no que toca à lisura e à honradez. Por isso, Rui Moreira não podia ter deixado de fazer ouvir a sua voz em uníssono com a de Fernando Madureira, protagonista do livro O Líder, obra na qual relata alguns episódios curiosos ocorridos com a claque que dirige. Sobre o modo com os Super Dragões adquiriram ingressos para um Braga-Porto de 1995, por exemplo, diz Madureira, e cito: "Pelo que se comentava, muito do pessoal tinha notas falsas para comprar os bilhetes e ainda trazer troco". A propósito de uma paragem dos Super Dragões na auto-estrada, a caminho de um Setúbal-Porto de 2002, Madureira revela: "Foi o caos! Entraram cem gajos pela área de serviço e roubaram tudo o que lhes apareceu pela frente". Foi esta mesma claque que se manifestou na companhia de Rui Moreira, e que afixou nas bancadas, no dia do Porto-Braga, uma faixa com os dizeres: "Contra... falsidade e roubalheira". Ou seja, a claque que, segundo o seu líder, pagava com notas falsas e roubava tudo o que lhe aparecia à frente, está agora precisamente conta a falsidade e a roubalheira. Enfim, toda a gente tem o direito de mudar de opinião.

 

No jogo contra o Braga, o Porto beneficiou da exclusão de Vandinho pela Comissão Disciplinar da Liga, e também da exclusão de Meyong por Domingos Paciência, e obteve um resultado bastante desnivelado. Na véspera, o plantel do Porto reuniu-se em torno do seu líder, o terceiro guarda-redes, para o ouvir expressar, e cito: "a indignação de que somos vítimas". O orador foi bem escolhido, na medida em que não há ninguém que compreenda melhor a situação de Hulk do que Nuno: ele também fica Este é o ano em que todos os azares batem à porta da equipa portista: primeiro, Hulk e Sapunaru foram suspensos só porque espancaram quem, segundo ficou provado, não os insultou nem agrediu; agora, os portistas são, creio que em estreia mundial, "Vítimas de indignação". A dura realidade é esta: sem Hulk, a equipa do Porto vê-se  condenadaa alinhar apenas com jogadores que trocam mesmo a bola uns com os outros, o que prejudica qualquer sistema táctico. Não são só os portistas que reclamam o regresso de Hulk. Eu com adepto do Benfica, também. Recordo com saudade a última exibição de Hulk antes do castigo, no estádio da Luz, em que o único remate à baliza que fez saiu pela linha lateral.

 

Entretanto, os jogadores do Benfica, que até hoje não apareceram envolvidos em agressões em quaisquer túneis, continuam empenhados em levar a cabo uma actividade que parece ter caído em desuso: jogar futebol. Mas, nos últimos 30 minutos do jogo contra o Hertha, o Benfica não acrescentou qualquer golo aos quatro que marcou na primeira hora - o que parece indicar que, como dizem os críticos, a equipa está cansada. Às goleadas exuberantes do início de época, sucedem-se agora vitórias tangenciais por magros 4-0. A gestão que Jorge Jesus fez do plantel produziu esta triste equipa exausta que lidera o campeonato isolada com o melhor ataque e a melhor defesa. É triste, este cansaço. Quem me dera estar em terceiro, cheio de força, com o plantel correctamente gerido, a seis pontos do primeiro e a cinco do segundo. Mas não se pode ter tudo.

Benfica 4 - 0 Hertha Berlim

24.02.10, Benfica 73

 

Jogo marcado para uma hora péssima, imposto pela UEFA, mesmo com mau tempo, o Benfica esmagou com grande facilidade os alemães do Hertha. Uma goleada, chapa 4, assistida por mais de trinta mil pessoas, simplesmente fantástico. O Benfica qualificou-se para os oitavos de final da Liga Europa, agora ficamos à espera do Marselha. Em relação ao jogo da Alemanha, Jorge Jesus fez regressar Maxi Pereira e Fábio Coentrão à titularidade e Ruben Amorim na posição do castigado Ramires. Foi um Benfica bastante superior e um Hertha defensivo, mesmo com a marcha do marcador os alemães nunca alteraram a sua maneira de jogar.


O Benfica começou a mostrar a intenção de marcar cedo, Javi Garcia foi o primeiro com um remate de fora da área. Aos vinte e cinco minutos o Benfica chega ao golo, Saviola faz um passe a desmarcar Aimar, que evitando ainda um defesa rematou cruzado para o golo. Apesar da estratégia defensiva do adversário, o Benfica conseguiu continuar a criar situações de perigo junto das redes alemãs. Ataque pelo lado direito, Saviola cruzou para o interior da área e Cardozo não chegou a tempo ao lance por milímetros. Destaque ainda para uma boa jogada de Maxi Pereira. O internacional uruguaio entrou na área e cruzou para um desvio de Saviola, mas o remate acabou por esbarrar na trave. O resultado ao intervalo era claramente injusto para tamanha superioridade demonstrada pelo Glorioso.


O segundo tempo começou com o Benfica a marcar cedo e a deixar, consequentemente, o adversário fora da discussão do resultado. Aos 48 minutos, grande iniciativa individual do Di María, a passar pelo meio de quatro adversários e a fazer um centro perfeito para a conclusão oportuna de cabeça de Cardozo. O terceiro pelo Javi Garcia, a aproveitar uma sobra após canto do Aimar. O quarto aparece quase na no ataque seguinte, novamente Cardozo. Mais uma assistência do Di María, Cardozo solto na área, a dominar de peito e a marcar de pé esquerdo. Com Carlos Martins, César Peixoto e Nuno Gomes já em campo, o Benfica continuou a procurar a baliza do inofensivo adversário. Fábio Coentrão esteve perto de conseguir o quinto golo.


Desta vez não destaco nenhum jogador porque toda a equipa esteve bem.

 

 

O rolo compressor está de volta.

Vamos contar mentiras

20.02.10, Benfica 73

Autor: Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Jornal A Bola
 
HÁ duas alturas em que uma equipa consegue fazer uma época mítica. Uma é quando os seus jogadores praticam bom futebol, despacham os adversários com goleadas, enchem os estádios. Outra é quando os seus adeptos se entretêm a inventar mitos. Na impossibilidade de verem a sua equipa cumprir os requisitos da primeira, há colunistas que se vêem forçados a optar pela segunda. É o caso de Miguel Sousa Tavares. A sua última crónica era um soberbo monumento de mistificação. Dizia ele sobre o Benfica: «[n]o último campeonato ganho, o do Trapattoni, (…) nos últimos dez jogos todos os golos dos encarnados aconteceram de penalty e livres inventados ou duvidosos à entrada da área». Ou seja: no ano em que o Porto teve três treinadores, e na mesma época em que obteve o recorde de maior derrota caseira da liga (os célebres 0-4 frente ao Nacional), como conseguiu o Benfica ganhar o campeonato? Como é óbvio, com o auxílio da arbitragem. De outro modo, não se concebe como teria podido superiorizar-se ao fortíssimo Porto de Del Neri, Fernandez e Couceiro. Não houve presidentes do Benfica a receber árbitros em casa, nem vice-presidentes apanhados a oferecer quinhentinhos, nem viagens pagas ao Brasil — mas foi demasiado evidente que os árbitros beneficiaram o Benfica naqueles «últimos dez jogos», em que «todos os golos dos encarnados aconteceram de penalty e livres inventados ou duvidosos à entrada da área». Só há um pequeníssimo problema. É que isto é mentira (lamento, mas não há outra palavra). Nos últimos dez jogos desse campeonato, o Benfica jogou, por exemplo, com o Gil Vicente. Ganhou por 2-0, com um golo de Mantorras de bola corrida, a passe de Manuel Fernandes, e outro de Miguel, também de bola corrida, a passe de João Pereira. Depois, jogou com o Setúbal. Voltou a ganhar por 2-0, com um golo de Manuel Fernandes de bola corrida (belo remate de fora da área) e outro de Geovanni, também de bola corrida, na sequência de jogada pela direita. A seguir, jogou com o Marítimo. Ganhou por 4-3, com dois belos golos de Nuno Gomes, ambos de bola corrida (um a passe de Miguel e outro após centro de Geovanni), outro de Mantorras, em lance de (talvez o leitor já tenha adivinhado) bola corrida, e ainda um de Miguel, em remate de fora da área, na sequência de livre de Simão. E ainda jogou com o Estoril. Ganhou por 2-1, com um golo de Mantorras, após um canto (não um penalty), e outro de Luisão, depois de um livre junto à bandeirola (não à entrada da área). Claro que houve jogos que o Benfica venceu com um golo de penalty, como o Benfica-Belenenses, curiosamente na mesma jornada em que o Porto ganhou por 1-0 ao Marítimo com um golo de McCarthy em fora-de-jogo. Mas, a menos que dez jogos tenham deixado de ser dez jogos, ou que a expressão «todos os golos dos encarnados» tenha deixado de significar «todos os golos dos encarnados», Sousa Tavares inventou um mito.

No entanto, o atraso de uma equipa no campeonato é directamente proporcional à capacidade de efabulação dos seus adeptos. Não se estranha, portanto, que Sousa Tavares tenha prosseguido: «lembro-me bem do penalty decisivo, no último jogo no Bessa, que foi dos mais anedóticos que já vi assinalado». Mais uma vez, é mentira (peço desculpa, mas não há mesmo melhor palavra) que o penalty tenha sido decisivo. O Benfica terminou o campeonato três pontos à frente do Porto. Sem o ponto que aquele penalty garantiu, teria sido campeão na mesma. Resumindo: como o Porto (ainda) não consegue vencer campeonatos estando dois pontos atrás do primeiro classificado, aquele penalty não foi, de todo, decisivo.
 
Finalmente, a propósito do golo do Braga, diz Sousa Tavares que «entre a saída da bola e o golo decorreram uns trinta ou quarenta segundos em que a bola passou por uns seis jogadores e poderia ter sido umas três vezes definitivamente afastada pelos jogadores do Marítimo antes do belíssimo pontapé fatal de Luís Aguiar.» Permitam-me que atalhe para informar que isto é, como dizer?, mentira. Entre a saída da bola e o golo decorreram, não quarenta, não trinta, nem mesmo vinte, mas dez segundos. E a bola passou por dois jogadores do Marítimo que, no meio de sucessivos ressaltos, não conseguiram sequer tirá-la da grande área. A título de exemplo, compare-se com o golo do Benfica ao Porto. Entre o fora-de-jogo de Urreta e o belíssimo pontapé fatal de Saviola decorreram 13 segundos. E a bola é tocada por quatro jogadores do Porto que conseguem afastá-la para bem longe da área. A diferença é que o lance do Braga é uma minudência, mas o do Benfica é uma mancha que ficará para todo o sempre.
 
É o que costuma acontecer aos moralistas: tanto tempo a acusar o Benfica de querer ganhar fora do campo, e afinal é o Braga que faz jogadas fora das quatro linhas. Domingos Paciência, que tem historial de estar a olhar para o chão e não conseguir ver lances polémicos, compreendeu o fiscal de linha. Disse que, provavelmente, o árbitro auxiliar não viu a bola fora porque «estava muito perto». Trata-se de uma hipótese brilhante. Pessoalmente, sempre achei que isto de colocarem os fiscais de linha junto da linha era uma estupidez. Em todo o caso, quando o Braga visitar o Benfica, talvez seja bom que Jorge Jesus jogue com dois laterais de cada lado. Um do lado de dentro da linha, outro do lado de fora.
 
Segundo a opinião insuspeita e prestigiada de Cruz dos Santos, apesar do que por aí se berrou e dos cabelos que se arrancaram, não é certo que tenha havido penalty sobre Ruben Micael no jogo contra o Leixões. Ruben Micael protestou, mas a verdade é que Ruben Micael protesta contra todas as decisões de todos os árbitros. Aparentemente, alguém deve dinheiro a Ruben Micael, ao menos tendo em conta a superioridade chorona que ele exibe em todas as ocasiões. É muito divertida, aquela indolência sobranceira própria de quem parece estar convencido de que é o melhor jogador português. O drama de Ruben Micael é que nem sequer é o melhor jogador madeirense.
 
Na Luz, embora o futebol tenha sido menos bom do que é costume, o teatro foi de alto coturno. Comovente, o modo como Bruno Vale, depois de cortar a bola com a mão, tentou enganar o árbitro fingindo ter levado com ela na cara. Foi um bom momento, mas é uma estratégia que não resulta em qualquer estádio. No Dragão, por exemplo, os guarda-redes são expulsos mesmo quando levam com a bola na cara.
 
Hulk incorreu numa infracção punível com uma pena de seis meses a três anos. Em princípio, se houvesse circunstâncias atenuantes, seria punido com um castigo mais próximo dos seis meses. Se houvesse circunstâncias agravantes, seria punido com uma pena mais próxima dos três anos. Apanhou quatro meses. Recordo que a lei previa um mínimo de seis. A Comissão de Disciplina alega a existência de uma forte atenuante: Hulk foi provocado. Ficou provado que os stewards não insultaram nem agrediram (enfim, o equivalente ao Guarda Abel, como muito perspicazmente têm assinalado vários adeptos do quarto classificado). Mas, ainda assim, conseguiram provocar. As piores provocações são, como sabemos, as que não consistem em insultos nem em agressões. Daí constituírem as melhores atenuantes, e contribuírem para uma punição inferior ao que a lei estipula. Vamos supor que, em vez de uma atenuante, a Comissão tinha identificado uma agravante. Alguém acredita que Hulk tivesse sido punido com um castigo superior ao limite máximo previsto na lei?

Hertha Berlim 1 - 1 Benfica

19.02.10, Benfica 73

 

Ainda não foi desta que quebramos o enguiço de não ganharmos na Alemanha.
O Benfica empatou a um golo com o Hertha Berlim, em jogo da 1.ª mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa. Não se trata de um mau resultado, deixa boas perspectivas para o jogo da 2.ª mão, mas ficou na retina que podia fazer mais e melhor. A novidade de Jorge Jesus foi a inclusão de Ruben Amorim no lugar de Maxi Pereira, já que na baliza, Júlio César voltou a ser o dono das redes.


A entrada do Benfica não podia ter sido melhor, marcou logo aos quatro minutos. Carlos Martins fez um grande passe, ainda no meio-campo defensivo, para a desmarcação de Di María, que aproveitou para bater o guarda-redes da casa. O Hertha chegou ao empate aos 32 minutos, graças a lance infeliz de Javi Garcia que meteu o pé a um cruzamento da direita e acabou por trair Júlio César. Até ao final da primeira parte, Luisão de cabeça poderia ter marcado na sequência de um livre cobrado por Carlos Martins.


O segundo tempo começou com dois erros grosseiros da equipa de arbitragem. Um fora-de-jogo muito mal assinalado a Carlos Martins e um penalty claro sobre Ramires. Após estes lances, o Hertha criou duas situações de muito perigo. Aos 54 minutos, atirou ao poste, e aos 57 grande defesa de Júlio César após um belo remate de Raffael. Pensei que com a entrada do Aimar, para o lugar de Carlos Martins, o jogo fosse melhorar, mas não, penso que jogamos ainda pior. Até ao final do jogo o Hertha pressionou mas sem grande perigo.

 

 A registar de positivo as actuações de Di Maria, Luisão, David Luiz, pela negativa Saviola, simplesmente não esteve em Berlim. Tudo em aberto para a segunda mão, tenho a certeza que terça-feira tudo será diferente para melhor.

 

Jorge Jesus: “Um empate fora numa competição onde golo fora é importante foi bom. Podíamos fazer melhor, mas nos últimos 15 minutos sentimos dificuldades em sair e eu decidi defender o 1-1. Decidi defender a igualdade porque dá margem boa para a segunda-mão. Já éramos favoritos antes, mas depois deste empate estamos em situação melhor. Vamos justificar e, com o apoio do nosso público, vamos fazer um bom jogo na próxima terça-feira. Falamos muito dos árbitros em Portugal, mas hoje tivemos aqui um árbitro sem qualidade para a responsabilidade e qualidade destas duas equipas. Teve incapacidade técnica e dificuldade para analisar os lances da melhor maneira”.

 

Di Maria: “Graças a Deus, voltei a marcar na Alemanha. Queríamos ganhar, não conseguimos, mas vamos agora tratar de ganhar em casa”.

Benfica 1 - 0 Belenenses

13.02.10, Benfica 73

 

Jogo marcado para as 17h00, estádio com mais de 45 mil espectadores (o tsunami continua), o Benfica alcançou mais uma vitória diante um Belenenses que ocupa a última posição da tabela. Jorge Jesus fez alinhar o seu onze habitual, a única alteração foi a entrada de Fábio Coentrão para o lugar de Di Maria, este afastado devido ao quinto amarelo que viu na última jornada.

 

A equipa entrou bem no jogo, aos 10 minutos e na primeira oportunidade do jogo o Benfica não desperdiçou. Numa iniciativa pela direita de Ramires, centro para a área e Cardozo de cabeça a não perdoar. Confesso que comecei a pensar em nova goleada mas ao fim de dez minutos percebi que o jogo não iria ser fácil. Os jogadores do Benfica relaxaram, pareciam cansados. O jogo ficou lento e aos 27 minutos o Belenenses podia ter chegado ao golo, Fajardo perante Quim atirou ao lado. Até ao final da primeira parte nova oportunidade desperdiçada pelo Benfica, Fábio Coentrão na cara do guarda-redes falha escandalosamente.

 

Para a segunda parte, Jorge Jesus deixou César Peixoto (que diferença em relação ao jogo de Quarta-feira) nas cabines, fazendo entrar Weldon. O Benfica voltou a entrar bem e logo aos 47 minutos perdeu nova oportunidade de golo. Para falar em perdidas neste segundo tempo, todas elas foram assinadas pelo brasileiro Weldon (47, 71 e 82). Aos 78 minutos, o guarda-redes Bruno Vale é expulso por defender com as mãos fora da grande área um remate de Cardozo. O Belenenses só conseguiu chegar à baliza do Benfica nos lances de bola parada, o único lance de perigo surgiu num cabeceamento para a própria baliza de David Luiz.

Só marcamos um golo, não jogamos bem, mas fomos a única equipa que teve várias oportunidades.

 

O Belenenses jogou bem, mas ofensivamente não nos criou grandes problemas. Merecemos esta vitória, somamos 3 pontos e agora venha o próximo jogo, quinta-feira, para a Liga Europa.

A árvore Calabote numa floresta de Guímaros

13.02.10, Benfica 73

Autor: Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Jornal A Bola
 
Acaba de ser publicado um livro que promete animar a época dos portistas (uma vez que a luta pelo segundo lugar não parece constituir animação suficiente). O autor é uma pessoa idónea, sobretudo na medida em que nunca foi levado por Pinto da Costa a conhecer o Papa. Por paradoxal que pareça, os autores de livros mais credíveis são aqueles que o presidente do Porto não apresenta a líderes religiosos. Isto da credibilidade literária tem subtilezas que só estão ao alcance dos críticos mais argutos.

A obra em causa relata acontecimentos passados há mais de 50 anos — que são, em geral, os mais úteis para se compreender o presente. Trata-se de uma investigação sobre Inocêncio Calabote, o árbitro que foi recebido pelo presidente do Benfica em sua casa na véspera de um jogo. Não, desculpem. Enganei-me. É o árbitro a quem o Benfica pagou uma viagem ao Brasil, assim é que é. Peço desculpa, voltei a equivocar-me. O livro é sobre um árbitro que terá recebido quinhentinhos de um vice-presidente do Benfica. Perdão, ainda não é isto. É um árbitro ao qual o presidente do Benfica mandou oferecer fruta para dormir, conforme comprovado por uma escuta. Apre! Não acerto. Bom, parece que se trata de um árbitro ao qual o Benfica não ofereceu nada e que, em troca, terá beneficiado o clube a ponto de fazer com que o Porto ganhasse o campeonato. Enfim, um daqueles escândalos que nem 50 anos de silêncio conseguem apagar. Mas, reconheça-se, um escândalo que se mantém actual: um árbitro que acabou castigado pela justiça desportiva num ano em que o campeonato foi ganho pelo Porto. Realmente, soa-me a familiar.

Os dirigentes do Braga (ou, como lhe chama Augusto Duarte, o árbitro condenado por corrupção passiva, «o meu Braguinha») afirmam que têm sido prejudicados pela arbitragem. Quem beneficia com o prejuízo do Braga? O Benfica, que está em primeiro e só depende de si para continuar em primeiro? Ou o Porto, que está atrás do Braga e depende de terceiros para o ultrapassar? O Benfica, que luta pelo título — ao contrário do Braga, como sempre têm vindo a dizer os seus técnicos e jogadores? Ou o Porto, cujo presidente sempre disse que o seu principal adversário era o Braga? Ora aqui está uma questão difícil.

OSporting perde em Braga e os sportinguistas: «O Bettencourt não fala?» Depois, o Sporting é goleado pelo Porto e os sportinguistas: «E o Bettencourt, não fala?» A seguir, o Sporting perde em casa com a Académica e os sportinguistas: «Mas o Bettencourt não fala?» Dias depois, o Sporting é goleado pelo Benfica e os sportinguistas: «Mas porque é que o Bettencourt não fala?» É então que Bettencourt regressa do Brasil e diz: «O objectivo do Sporting é o quarto lugar.» E os sportinguistas: «Porque é que o Bettencourt não se cala?» Ainda assim, não sei se a indignação dos sportinguistas é justa. Quando Bettencourt diz que o campeonato do Sporting é o mesmo que o de Marítimo, Leiria e Nacional, está a ofender mais os sportinguistas ou os adeptos de Marítimo, Leiria e Nacional?

Sporting 1 - 4 Benfica

10.02.10, Benfica 73

 

O Benfica alcançou a final da Taça da Liga com uma vitória em Alvalade. O treinador do Benfica apostou com uma táctica diferente, seis alterações em relação ao último jogo com o Vitória de Setúbal. O jogo começou naturalmente, aos seis minutos, Ramires sofreu uma entrada dura de João Pereira. O árbitro expulsou o defesa do Sporting e o Benfica passou a jogar com mais um. No mesmo minuto, Carlos Martins colocou a bola na área para um belo golo de cabeça de David Luiz.

 

 

O segundo golo do jogo apareceu aos 29 minutos. César Peixoto entrou pelo lado esquerdo e cruzou para área, onde apareceu Ramires a encostar e a fazer o segundo golo da noite.

 

 

O Sporting só conseguiu reagir aos 36 minutos, perda de bola por parte de Ramires e Liedson entre três jogadores do Benfica remata rasteiro junto ao poste reduzindo o marcador. O guarda-redes do Benfica não conseguiu parar o remate, quanto a mim muito mal batido.

 

Na segunda parte, o Benfica continuou a controlar o Sporting. Foi então que Carlos Martins cobrou um canto do lado esquerdo e Luisão marcou o golo da tranquilidade.

 

 

Di María desperdiçou ainda duas boas ocasiões no final.

 

 

O quarto golo do Benfica foi marcado pelo nosso “Matador” nos descontos. Minutos antes, ouvia-se através da “onda vermelha”- SÓ MAIS UM, SÓ MAIS UM, e Cardozo com um “míssil” fez a vontade tentando assim redimir-se da grande penalidade falhada no jogo anterior.

 

 

Assim com esta vitória o Benfica consegue ir à final da Taça da Liga, esperando pelo adversário, a sair do jogo de hoje à noite.

 

Texto: Helena Isabel ( minha filha)

V. Setubal 1 - 1 Benfica

07.02.10, Benfica 73

 

Fonte: Sport Lisboa Benfica

O Benfica empatou este sábado (1-1) no terreno do Vitória de Setúbal, em encontro da 18.ª jornada da Liga portuguesa. Foi uma partida que ficou marcada pela má arbitragem.
Depois de ter cumprido um jogo de castigo frente à União de Leiria, o médio Carlos Martins regressou à titularidade no Benfica. A entrada do número 17 para o lugar de Ramires foi a única novidade no onze apresentado por Jorge Jesus.
O Benfica encontrou um adversário a jogar num sistema de 3-5-2, o que dificultou a tarefa dos “encarnados” em chegar à baliza contrária. Foi, por isso, num lance de bola parada que a equipa “encarnada” conseguiu chegar à vantagem na partida. Na sequência de um pontapé de canto de Aimar, o central brasileiro David Luiz cabeceou em direcção da baliza, vendo a bola sofrer um desvio certeiro por parte do setubalense Ricardo Silva (14’).
Em vantagem no resultado, o Benfica foi controlando as tentativas do adversário de sair para o ataque, nomeadamente pelo lado esquerdo do terreno. Depois de ter evitado o golo do V. Setúbal com um corte providencial (27’), David Luiz foi infeliz num alívio junto à baliza de Quim. O lance acabou por surpreender o guarda-redes português, dando o empate aos visitados (37’).
O segundo tempo começou com uma grande oportunidade para o Benfica. Di María cobrou um livre do lado direito e Saviola cabeceou com muito perigo ao lado da baliza dos sadinos (46’).
Depois de não ter assinalado uma grande penalidade sobre Javi Garcia na primeira parte, o árbitro Jorge Sousa voltou a não marcar castigo máximo num desvio com o braço de Zoro (54’). Após um livre de Aimar do lado esquerdo, Javi Garcia cabeceou em direcção da baliza, no entanto, o esférico não foi para a baliza por intervenção do defesa do V. Setúbal.
Com o Benfica a pressionar cada vez mais, o V. Setúbal começou a queimar tempo a partir dos 60 minutos. Mais uma contrariedade para o futebol dos “encarnados”.
Ainda assim, a equipa continuou a insistir e Saviola (66 minutos) e Di María (71) criaram situações para marcar. Com o adversário completamente fechado, o Benfica continuou a esbarrar no outro oponente do noite, o árbitro Jorge Sousa, que voltou a não assinalar uma grande penalidade aos 80 minutos. Di María foi derrubado na área e nada foi assinalado. Aos 89, o argentino não marcou devido à intervenção do guarda-redes.
Nos descontos, Kardec foi derrubado e o árbitro assinalou grande penalidade. No entanto, Cardozo atirou à barra.
Com este resultado, o Benfica comanda com 46 pontos.

O Benfica apresentou o seguinte onze: Quim; Maxi Pereira (Nuno Gomes, 82’), Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi Garcia, Carlos Martins (Ramires 56’), Pablo Aimar (Kardec, 72’) e Di María; Saviola e Cardozo.

Se Augusto Duarte ainda apitasse, o seu Braguinha estaria em segundo?

06.02.10, Benfica 73
Autor: Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Jornal A BOLA
Se o Braga tivesse oferecido um prémio de 50.000 euros aos seus capitães de equipa, teria a equipa conseguido ultrapassar o poderoso Rio Ave em casa? É possível. Como não conseguiu, havia que desviar as atenções do facto de, depois de Domingos ter prometido fazer melhor do que na época passada, o Braga ter saído da Liga Europa ainda na 3.ª pré-eliminatória, ter sido eliminado da Taça da Liga exactamente na mesma fase do ano anterior, e ter caído frente ao Rio Ave em casa na Taça de Portugal, quando na época passada tinha sido eliminado pelo Nacional fora. Como sempre acontece, até porque a eficácia do método é comprovada, as atenções foram desviadas à custa do Benfica. António Salvador disse que o Braga não precisa de antecipar jogos para ser primeiro. Não é exactamente verdade. O Braga não precisa de antecipar jogos porque não joga para as competições europeias desde Agosto.

Primeiro, a Comissão Disciplinar da Liga puniu Cardozo com dois jogos de suspensão por actos que todas as imagens demonstram que ele não cometeu. Tudo normal. Agora, a mesma Comissão resolveu punir alguns jogadores do Braga por agressões que as imagens da Sport TV têm a indelicadeza de documentar. Como é óbvio, houve escândalo. O clube que o árbitro irradiado refere nas escutas como «o meu Braguinha» não aprecia a justiça desportiva. Quem diria?
 
Apareceram finalmente as imagens dos acontecimentos que ocorreram no túnel da Luz — e, como não podia deixar de ser, mostram que a culpa é toda do Benfica. Os jogadores do Porto, depois de, apesar dos três trincos, não terem conseguido suster Urreta, Luís Filipe e seus pares, dirigiram-se para o balneário com uma calma e boa disposição que só as mais infames provocações poderiam abalar. Foi precisamente o que aconteceu. Fernando foi imediatamente provocado pela manga do túnel, e aplicou-lhe um justificadíssimo pontapé. Hulk, que resolveu ficar à espera da equipa de arbitragem, seguramente para a felicitar, foi provocado por Rui Cerqueira, director de comunicação do Porto, que o puxou várias vezes na direcção do balneário, certamente instruído por alguém do Benfica. A seguir começaram as provocações dos stewards, que as imagens não mostram mas constam da nota de culpa da Liga. Em que consistiu a pérfida provocação dos stewards? Fizeram considerações acerca de uma hipotética actividade profissional isenta de impostos levada a cabo pelas mães dos portistas? Levantaram infundadas dúvidas sobre a orientação sexual dos jogadores do Porto ou a honradez das suas esposas? Pior, muito pior. Segundo o documento da Liga, os stewards tiveram a desfaçatez de se dirigirem aos portistas dizendo (e peço desculpa aos leitores mais sensíveis pelo teor dos insultos que reproduzo a seguir): «Vão lá para dentro.» E ainda, como se não bastasse: «Voltem lá para cima.» Estes ordinários, quando toca a ofender, esmeram-se. E depois admiram-se que as pessoas decentes percam a cabeça. Ainda esta semana, segundo o DN, Bruno Alves agrediu Tomás Costa num treino. O Porto não cortou relações com o DN e Jesualdo Ferreira deixou Bruno Alves na bancada, o que parece indicar que o defesa terá mesmo cometido a agressão. Só não se sabe ainda como é que os stewards da Luz se terão infiltrado no treino do Porto, e de que modo conseguiram provocar Bruno Alves a ponto de o fazer descarregar uns bananos no pobre argentino. Mas é óbvio que serão responsabilizados por isso muito em breve.
 
Na curta visita turística que fez à cidade invicta, o ex-futuro reforço do Porto Kléber terá visto, ainda assim, muita coisa. Se calhar, viu que um administrador da SAD do clube que o queria contratar se demitiu, viu as escutas do presidente do mesmo clube no YouTube, viu um ex-futuro companheiro de equipa a agredir outro no treino e viu as imagens do túnel nos telejornais. Aposto que Kléber decidiu não assinar pelo Porto em cinco minutos.
 
Pinto da Costa gaba-se de não estender a mão «ao do cabelo branco», mas a equipa «do de cabelo branco» nunca recusa dar uma mãozinha à equipa de Pinto da Costa. Em altura de crise, o Porto sabe que pode contar sempre com o Sporting. E, depois de os sportinguistas terem aplaudido o principal reforço de Inverno do Porto em Alvalade, os portistas retribuíram aplaudindo de pé o golo de Liedson no Dragão. O futebol assim é bonito.

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