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Toda a informação sobre o Glorioso

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Toda a informação sobre o Glorioso

Sporting 0 - 0 Benfica

30.11.09, Benfica 73

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O Benfica empatou este sábado a zero no terreno do rival, a ideia com que fico é que devíamos e podíamos fazer muito mais. Numa partida em que merecíamos mais, houve momentos de total desacerto na frente de ataque e muita precipitação no último passe, já para não falar em algumas perdidas escandalosas. No fim o Benfica manteve a distância pontual para os verdes e brancos, esperando agora pelo jogo em Braga nesta ronda. Para já, o Benfica comanda com mais um ponto.

Jorge Jesus fez alinhar esta noite Maxi Pereira e César Peixoto como novidades no lado direito e esquerdo da defesa, respectivamente. Saviola recuperou de uma lesão na coxa direita e fez dupla com Cardozo, que teve a primeira grande oportunidade do jogo. O internacional paraguaio entrou na área e rematou ao lado da baliza do guarda-redes da casa.

A resposta do Sporting surgiu em dois lances seguidos. No primeiro Polga rematou por cima dentro da área e no segundo Liedson obrigou Quim a fazer uma grande defesa.

O Benfica depois dos 20 minutos conseguiu assentar melhor o seu jogo e acabou a primeira parte a jogar bastante mais junto da baliza adversária. Ramires, aos 33 minutos, teve a sua primeira oportunidade, remate para defesa de Rui Patrício, na segunda parte teve outra que falha de uma maneira infantil, ao acabar a primeira parte Javi Garcia falha a emenda a um cabeceamento de David Luiz, após um livre de Di María do lado direito.

O Benfica dominou todo o segundo tempo em termos de oportunidades de golo, as chances do adversário só apareceram numa altura em que jogávamos apenas com dez, altura em que Javi Garcia recebia assistência. David Luiz, aos 50 minutos, subiu no terreno e atirou muito perto da barra da baliza. Já Saviola rematou à barra, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo do internacional argentino.

Depois de Quim ter feito uma grande defesa ao remate de Miguel Veloso aos 58 minutos, o Benfica desperdiçou uma grande oportunidade aos 71 minutos. Di María surgiu diante de Rui Patrício no interior da área, mas permitiu a defesa do guarda-redes contrário. Aos 80 minutos, Cardozo cabeceou com algum perigo.


Uma palavra para o grande Javi Garcia, devia receber um prémio qualquer, é de um carácter a todos os níveis, um autêntico guerreiro, mesmo com aquele golpe na cabeça só estava preocupado com a equipa. O Benfica precisava de mais alguns guerreiros deste calibre.


Nesta partida, é preciso referir que o árbitro voltou a ser protagonista pela negativa, é impressionante que quando há uma jogada que suscita duvida o julgamento deste tipo é sempre em prejuízo do Glorioso. Adrien teve uma entrada duríssima sobre Saviola e só levou cartão amarelo. Polga, aos 75 minutos, evitou um cruzamento com um corte com o braço e não viu o segundo cartão amarelo e consequente vermelho, o Benfica com mais um homem ganharia de certeza este jogo
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Atenção ao criativo do Sporting: Pedro Proença

28.11.09, Benfica 73
Autor: Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Jornal A Bola
 
 
QUEM será o elemento mais perigoso para o Benfica, no derby de hoje? A resposta é evidente: o nosso adversário mais criativo será o árbitro Pedro Proença. Quem se lembra do modo como, no ano passado, inventou um penalty a favor do Porto por falta inexistente de Yebda sobre Lisandro Lopez, reconhece nele um criativo com muita imaginação e capacidade de decidir uma partida. Na dúvida, Pedro Proença decide sempre contra o Benfica. Prejudicar o clube que alegadamente prefere foi a forma que encontrou de exibir uma suposta imparcialidade. Outra hipótese era arbitrar de acordo com as leis do jogo, mas é mais difícil. A comissão de arbitragem retribui nomeando-o sistematicamente para jogos importantes. É mais um factor de interesse para o jogo de hoje: como vai Pedro Proença prejudicar o Benfica para mostrar a toda a gente que é um benfiquista imparcial? Com Yebda a jogar em Inglaterra, será mais difícil, mas para Proença não há impossíveis.
 
Repare o leitor na dualidade de critérios que grassa no futebol português: o Porto foi a Oliveira do Azeméis jogar com um desses clubes pequenos cujo relvado é reconhecidamente péssimo. O jogo foi adiado até que haja condições para jogar. O Benfica vai a Telheiras jogar com um desses clubes pequenos cujo relvado é reconhecidamente péssimo. O jogo realizar-se-á na data prevista.
Pior para nós, uma vez que o Sporting atravessa um bom momento. Tem um treinador, mas comunicou a sua contratação à CMVM de madrugada e ainda não o apresentou. A primeira vez que apareceu, foi na internet — como os boatos e os vírus informáticos. É um treinador clandestino, o que constitui uma vantagem: assim, os adeptos não sabem na direcção de quem agitar lenços brancos.
Há uns meses, o presidente do Sporting disse que o fundo de jogadores do Benfica era uma vergonha. Agora quer, sem grande sucesso, imitá-lo. O que desejo para o derby desta noite é exactamente isso: um resultado que os sportinguistas considerem hoje uma vergonha e que, no futuro, pretendam, sem sucesso, imitar.
Não será fácil, visto que o Benfica vive tempos difíceis. O derby joga-se precisamente na altura em que o clube se vê mergulhado num escândalo. Há uns anos, se bem se recordam, a Selecção Nacional passou por escândalo muito semelhante: num estágio, os jogadores tinham estado agarrados a senhoras cuja profissão dizem ser, embora eu não concorde, pouco digna. Esta semana, calhou ao Benfica: Jorge Jesus apareceu na imprensa abraçado a uma pessoa cuja profissão é, de facto, pouco digna. Foi repugnante e esperamos todos que não se repita.

Cada vez gosto mais da série Liga dos Últimos. Na semana passada, o episódio era especialmente divertido: foi preenchido com a transmissão integral de um jogo entre os Pescadores da Costa da Caparica e outra colectividade cujo nome já não recordo. O costume: treinadores patuscos, adeptos rústicos, jogadores com mais vontade que talento. Na primeira parte, os Pescadores dominaram. Os adversários não pareciam capazes de vencer onze peixeiras, quanto mais pescadores. Na segunda parte, porém, algum excesso de confiança dos Pescadores permitiu uma surpreendente reviravolta. Quem diz que nos escalões inferiores não há emoção?

Benfica 0 - 1 V. Guimarães

23.11.09, Benfica 73

 

Por demérito do Benfica e muita falta de sorte, fomos eliminados da Taça de Portugal em nossa casa e perante uma equipa experiente e mestre nas simulações de lesões, aliás, uma imagem de marca de algumas equipas que se apresentam na Luz, mas só utilizam esta “táctica” frente ao Glorioso.

O regresso de Ramires foi a grande novidade da equipa de Jorge Jesus, com o brasileiro a ser um dos jogadores a dar dinâmica ao futebol do Benfica. O Benfica começa por perder uma grande oportunidade logo aos oito minutos, Keirrison rematou dentro da área para uma grande defesa de Nilson. Aimar de livre e Ruben Amorim por cima da barra também estiveram perto de marcar.

O Guimarães chega ao golo através de um canto, Desmarets centra e Gustavo cabeceia com êxito. Este lance é precedido de falta, Flávio Meireles agarra Fábio Coentrão. Já estamos habituados que lances destes contra o Benfica sejam legais, mas quando é a favor, como em Braga no lance de Luisão, aí já é infracção.

No início da segunda parte a equipa de Jorge Jesus podia ter marcado por Aimar e Saviola. Nos últimos quinze minutos assistiu-se a um verdadeiro massacre, várias oportunidades perdidas, uma das quais inacreditável falhanço de Weldon.

Para finalizar, dizer, que cabe a Jorge Jesus reparar os erros cometidos pela equipa, os seus próprios erros cometidos durante o jogo, incentivar e motivar as tropas para o próximo jogo.

 

Esta já não é a Selecção de todos nós

21.11.09, Benfica 73

Autor: Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Jornal ABOLA

DE que falamos quando falamos da Selecção Nacional? Curiosamente, falamos de Scolari. Os apreciadores de Scolari gostam de recordá-lo e os seus críticos não conseguem esquecê-lo. Pessoalmente, tenho acerca de Scolari uma opinião muito particular que é não ter opinião nenhuma. Nunca soube nem me interessei por saber se era bom ou mau treinador. Não dou assim tanta atenção à Selecção Nacional. De Scolari, sei apenas o que os números fazem a gentileza de indicar: que é o treinador mais bem sucedido de sempre da selecção portuguesa. Além de ter sido campeão nacional e sul-americano de clubes e campeão mundial de selecções. De Carlos Queiroz, sei que, como treinador principal de seniores, nunca foi campeão de coisa nenhuma. E, na minha opinião, nota-se. No entanto, os apoiantes de Queiroz falam como se ele tivesse o currículo de Scolari e Scolari tivesse os resultados de Queiroz.

O próprio Queiroz fala como se, tendo conquistado o direito a ir ao Campeonato do Mundo, tivesse conquistado o Campeonato do Mundo. Apesar de tudo, há diferenças. Em princípio, a final do Campeonato do Mundo não será contra a Bósnia. Isso não impede Queiroz de se comportar como dono da Selecção. Esta já não é a Selecção de todos nós, é a Selecção de quem Carlos Queiroz quiser. A ida ao Campeonato do Mundo é para celebrar apenas com aqueles que sempre acreditaram. Os hereges que tiveram a desfaçatez de não acreditar que uma Selecção incapaz de ganhar a dez albaneses conseguiria ir ao Mundial, estão excluídos dos festejos. É bem feita. Quem ousa criticar a Selecção por bagatelas como um empate em casa contra uma Albânia desfalcada tem o que merece.

Os apoiantes de Queiroz, os únicos devidamente autorizados a festejar o apuramento da Selecção, estão, infelizmente, incapacitados de celebrar. A Selecção joga mal, pelo menos tão mal como eles diziam que jogava a de Scolari. A Selecção tem sorte, pelo menos tanta sorte como eles diziam que a de Scolari tinha. A vitória da Dinamarca sobre a Suécia e as três bolas no ferro contra a Bósnia parecem obra da Senhora do Caravaggio. A única diferença em relação à Selecção de Scolari é que, antigamente, conseguíamos a qualificação directa, e agora temos de ir ao play-off. Mas isso não chega para fazer com que os apoiantes de Queiroz deixem de sentir que estão, de facto, a festejar uma vitória à Scolari. Um deles disse que esta Selecção é tão mais fraca do que a de Scolari, que o apuramento foi um milagre. Juro: um milagre. Que conjugação de astros foi necessária então para que a Dinamarca, que não tem o melhor do mundo, nem jogadores do Real Madrid, Chelsea e Manchester United, se tivesse qualificado à nossa frente? Como se chama um milagre que é maior do que os milagres?

Contratação de André Villas Boas não falhou?!

14.11.09, Benfica 73

Autor: Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Jornal "A Bola"
 

NO momento em que escrevo, o Sporting continua sem treinador por não ter tido capacidade para contratar o técnico da Académica de Coimbra. Quem sonha alto arrisca-se a desilusões, e o homem que orienta o último classificado da Liga Sagres e iniciou a carreira no mês passado veio a revelar-se uma fantasia impossível para o clube leonino. Ainda assim, na comunicação social, André Villas Boas foi treinador do Sporting durante cerca de 10 minutos. Apesar da curta carreira, já vai tendo currículo: bateu o recorde do saudoso Vicente Cantatore. Além disso, há que reconhecer que teria sido uma escolha inteligente: a contratação de Villas Boas contribuiria para desestabilizar a Académica, um adversário directo do Sporting na luta pela manutenção. Trata-se de um homem cujo apelido tem dupla consoante, tal como o de Bettencourt, o que é especialmente apropriado para um clube como o Sporting. É um técnico que teria certamente muito para ensinar a jovens como André Marques e Pereirinha, mas também poderia aprender com jogadores mais velhos do que ele, como Tiago e Angulo. Perdeu-se um intercâmbio de conhecimentos que poderia ter sido muito interessante. Mais: sabendo que Sá Pinto é o novo director do futebol profissional do Sporting, é conveniente contratar um treinador jovem, que não tenha memória do que Sá Pinto costumava fazer aos treinadores, com destaque para Artur Jorge.

 

Enfim, foi pena. Segundo os jornais, José Eduardo Bettencourt pretendia um treinador português e experiente, e André Villas Boas já tem quatro ou cinco jogos oficiais debaixo do cinto, um dos quais conseguiu mesmo vencer. Não será fácil descobrir candidatos mais experimentados. Por outro lado, numa conferência de imprensa que é já histórica, Bettencourt disse que o próximo treinador seria caucasiano. Ao mesmo tempo que excluía, por exemplo, Oceano, a declaração do presidente do Sporting parecia apontar claramente para Villas Boas, cujo cabelo arruivado é uma garantia inequívoca de pertença ao tipo racial que Bettencourt procura.

 

Ontem, no entanto, tudo parece ter terminado. A meio da manhã, o Sporting comunicou à CMVM que se encontrava a efectuar, e cito, «contactos (…) com o representante do treinador André Villas Boas». Mas, à tarde, a Académica publicava uma nota segundo a qual, volto a citar, «a Académica e o Sporting não chegaram a acordo para a transferência do técnico para Alvalade». E, às 19h10, a página de A BOLA na internet noticiava que José Eduardo Bettencourt, instado a revelar o que teria falhado nas negociações com a Académica para contratar André Villas Boas, tinha dito que, e cito novamente, «não falhou nada, houve por parte da comunicação social muita especulação acerca do tema. Nunca houve contactos directos com quer que seja, mas mesmo assim a comunicação social deu-o como certo no Sporting». Já se sabe como é esta comunicação social. Só porque o Sporting comunica à CMVM que está a efectuar contactos com o representante de André Villas Boas, a comunicação social especula imediatamente que o Sporting está a efectuar contactos com o representante de André Villas Boas. Pelo simples facto de a Académica tornar público que as negociações falharam, entretém-se inventar que houve negociações, e que - imagine-se! - falharam. A saída de Paulo Bento pode ter sido um pouco conturbada, mas felizmente o futuro está a ser preparado de uma forma muito organizada e segura. As bases do novo ciclo são, sem dúvida, muito sólidas, o que deve tranquilizar os sportinguistas.

Benfica 1 - 0 Naval

10.11.09, Benfica 73

         

Este jogo tinha ganho uma grande importância devido aos resultados dos nossos adversários, por isso mesmo era uma “final” que teríamos de vencer. Foi difícil, arrancada a ferros mas o que realmente fica para a história é mais uma vitória. Com o decorrer da segunda parte, confesso, já não acreditava na vitória, mas como esta equipa, este ano, teima em surpreender-me quase em todos os jogos, ao cair do pano Javi Garcia com uma excelente cabeçada fez o golo.

Do primeiro ao último minuto só houve um sentido de jogo, a baliza da Naval, e quando lá chegávamos tivemos pela frente um guarda-redes a fazer a exibição da sua vida. Tinham perguntado ao Inácio: - Já sei que a Naval vai de autocarro para Lisboa, já pensou onde o vai estacionar? – acho que não é preciso dizer onde o estacionou, só não sabia que o autocarro tinha á vontade uns dez andares.

Mais uma vez fica provado que jogar contra um adversário com o estatuto de uma Naval é bastante difícil, mas desde que os adversários não comecem a agredir jogadores do Benfica nos túneis, e os árbitros não nos roubem, será bastante difícil, para não dizer quase impossível, alguém nos ganhar, porque só vejo uma maneira de parar aquele rolo compressor, aparecer uma equipa de bois pretos completamente corruptos.

Mais uma vez a Catedral registou uma excelente casa, um Tsunami de média escala, e tenho a certeza que não fosse esse apoio o Benfica não tinha vencido.

                                                                                                                                                                   

 

Tanta Luz sobre a Naval

09.11.09, Benfica 73

                                                                                                                                                                       Há uma semana, depois de o Benfica ter perdido em Braga e antes de ter confirmado os 5-0 da Luz em Goodison Park, algumas vozes levantaram-se alvitrando o princípio do fim da era de Jesus, uma espécie de Apocalipse anunciado, que lançaria os encarnados numa catástrofe de proporções bíblicas. À colação vieram também as contas negativas da SAD encarnada da época anterior – aliás exaustivamente explicadas e contextualizadas poucos dias antes… - várias directas e indirectas sobre a aquisição do que ainda não estava na posse do Benfica do passe de Pedro Mantorras e muitas dúvidas sobre a natureza de algumas operações em curso, nomeadamente o Fundo de Jogadores e a transferência da Benfica Estádio para a SAD. Ou seja, ante o desaire de Braga e a perspectiva de novo insucesso em Liverpool, a quinta coluna (desta feita praticamente destituída de benfiquistas, o que é assaz sintomático) agitou-se, organizou-se e posicionou-se, tentando fazer rebentar aquilo que supunham ser apenas um balão já demasiado cheio para o seu gosto.

 

 Porém, como Deus dispõe e quem ostenta o nome do Seu filho dispõe, o Benfica chegou a Goodison Park, inspirou-se nos aplausos dedicados a Eusébio e, Trigo Limpo, Farinha Amparo, venceu e convenceu os Ingleses, calou os cépticos e projectou novamente a face ganhadora que tem sido a sua imagem de marca em 2009/10.

 

Não sabiam ainda, porém, os benfiquistas, que o Sp. Braga ia ser travado em Guimarães; nem que o FC Porto ia perder no Caldeirão; muito menos que o Sporting já pós-Bento ia deixar fugir os dois pontos que teve na mão nos Arcos.

 

Por tudo isto, a partida de hoje do Benfica com a Naval, na Luz, assumiu, de repente, para os encarnados, uma importância quase de jogo do título, 90 minutos capazes de deixar o FC Porto a cinco pontos e o Sporting a onze. Mas o futebol não é como a pescada, que antes de o ser já o era. Falta ganhar…                                                                                                                  

 

 

Esta vida são dois dias e 'forever' são 171

07.11.09, Benfica 73
Autor: Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Jornal "A Bola"

 

O treinador do sétimo classificado do campeonato nacional demitiu-se e, surpreendentemente, os jornais não falam de outra coisa. Para um clube que se queixa de falta de atenção da imprensa, estes só podem ser dias muito felizes. Adeptos e dirigentes do Sporting protestam muitas vezes por terem menos espaço nas primeiras páginas dos jornais do que os principais adversários. Talvez seja verdade: dos três grandes, o Sporting será o que tem menos visibilidade na imprensa. Mas, dos clubes do meio da tabela, é o que tem mais. Eis o lado positivo da questão — no qual os sportinguistas, pessimistas como só eles, nunca reparam.

Três ou quatro meses depois de terem dado um esmagador voto de confiança a um presidente que lhes tinha prometido «Paulo Bento forever», os sportinguistas exigiram, através de lenços brancos, faixas insultuosas e desacatos, que o treinador fosse despedido. O presidente não lhes fez a vontade: Paulo Bento não foi despedido, demitiu-se. Não foi o Sporting que disse a Paulo Bento que não estava mais interessado no seu trabalho. Foi Paulo Bento que comunicou ao Sporting que o clube não era suficientemente ambicioso, competitivo e decente para ele. E ainda diziam que o homem não tinha visão nem percebia de futebol. Afinal, era das pessoas mais perspicazes que o Sporting tinha.

No entanto, na hora da saída, Paulo Bento fez algumas declarações que contrariam um pouco a ideia de que faz análises sensatas do momento que o Sporting atravessa. Disse, por exemplo, que os sportinguistas deveriam deixar de ter o actual complexo de inferioridade em relação ao Benfica. Qualquer observador isento sabe que não se chama complexo de inferioridade àquilo que os sportinguistas sentem. Chama-se simplesmente realismo. Enquanto o Benfica despachava facilmente a equipa que, no ano passado, ficou em quinto lugar no campeonato inglês, o Sporting esforçava-se por empatar em casa com uns desconhecidos. Pedir a esta gente que não tenha complexos de inferioridade em relação ao Benfica é como dizer ao Zé Cabra que não deve sentir-se inferior ao Pavarotti.

Neste momento, o Sporting precisa de calma. Há que contratar um Manuel Cajuda qualquer e começar a lutar seriamente pela manutenção, quem sabe até pela Europa. E, para o ano, esperar por adversários um pouco menos poderosos do que o Ventspils, e tentar fazer um brilharete.

Everton 0 - 2 Benfica

07.11.09, Benfica 73

 

Depois da derrota a contar para a liga Portuguesa havia alguma expectativa em saber como o Benfica iria encarar este jogo em terras de Sua Majestade. Na equipa inicial surgiram algumas novidades, no centro da defesa apareceu Sidnei, no lado direito Ruben Amorim, na esquerda David Luiz e na baliza como é habitual nesta competição jogou Júlio César. No meio campo fez alinhar Fábio Coentrão em detrimento de Aimar. Uma primeira parte em que o Benfica controlou o jogo e que mesmo assim dispôs das melhores oportunidades para abrir o marcador. De lamentar apenas a lesão de Ramires, sendo substituído pelo Maxi. Alias em relação á oportunidade mais flagrante, em toda a comunicação social (ou)vi que tinha sido Ramires a cabecear ao poste, mas isto só prova que anda aí muita gente que além de não perceber um boi de futebol ainda por cima vê mal, quem cabeceou foi o Cardozo e tirando a Benfica TV que assim relatou o lance, quanto ao resto só tenho a aconselhar uma visita urgente ao oftalmologista. Para a segunda parte o Benfica trouxe outra estratégia, subiu um pouco a defesa tirando algum espaço aos ingleses e aumentou o ritmo do jogo. Aos 60 minutos deu-se o momento do jogo, entra Aimar saindo Fábio Coentrão, e a partir daqui só deu Benfica, a dupla avançada marcou o seu golo da ordem ficando o resultado em 2 a 0. Neste Jogo tenho de salientar as grandes exibições de Di Maria, Aimar, Saviola, Cardozo, Javi Garcia e Sidnei.

Notas finais, em primeiro lugar uma palavra para aqueles abutres que estavam á espera de uma derrota para assim começarem a espalhar por todo lado que o Benfica isto que o Benfica aquilo, este ano podem começar a aceitar esta ideia: NINGUÉM PARA O BENFICA.

A outra nota que quero realçar é que basta não ser um boi Português apitar para se ver este ano quanta personalidade tem este Glorioso.

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