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benfica73

Toda a informação sobre o Glorioso

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Toda a informação sobre o Glorioso

O padrão de Pedro Proença

28.09.09, Benfica 73


Autor: Ricardo Araújo Pereira

Fonte: A Bola

 

Se alguma vez eu for, em tribunal, acusado de algum crime por uma testemunha ocular, espero sinceramente que essa testemunha seja o árbitro Pedro Proença. Aquilo que Pedro Proença presencia é sempre o rigoroso oposto daquilo que ele pensa que presenciou – o que é extremamente curioso. As coisas acontecem de pernas para o ar à frente de Pedro Proença. O mundo, que está direito para nós, apresenta-se-lhe do avesso. Repare o leitor: no ano passado, no estádio do Dragão, Yebda não cometeu qualquer falta sobre Lisandro López. Pedro Proença assinalou a respectiva grande penalidade. Na semana passada, Alvaro Pereira cometeu penalty sobre Alan. Pedro Proença, como é evidente, mandou seguir. Ambas as situações foram avaliadas ao contrário, e foi isso que me permitiu detectar aqui um padrão interessante. Só há uma coisa que nunca se inverte: quem está de azul e branco, sai beneficiado; quem está de vermelho, sai prejudicado.

O lagarto e o dragão são dois bichos escamosos que largam gosma. Este é um primeiro ponto. O segundo ponto é este: Pinto da Costa e José Eduardo Bettencourt vão assistir ao FC Porto-Sporting juntos, na tribuna presidencial do estádio do Dragão. Depois de ter assistido ao Nacional-Sporting junto do homem que prometeu ao seu clube o Paulo Assunção e, à última hora, o levou para o FC Porto, Bettencourt prepara-se agora para assistir ao FC Porto-Sporting junto do homem que recebeu o jogador que o seu clube estava quase a contratar. Os sportinguistas, que se saiba, não dizem nada. A única vez que censuraram uma atitude do presidente do Sporting foi quando ele cometeu o gravíssimo delito de dizer que o plantel do Benfica era bom. Mas hoje, Bettencourt terá, enquanto estiver sentado ao lado do dirigente que está a cumprir pena de suspensão de dois anos por tentativa de corrupção, a admiração dos sócios do Sporting. A menos que elogie o Benfica, claro.

O FC Porto-Sporting de hoje é, não me custa reconhecê-lo, um duelo de titãs. A equipa à qual foi perdoado o penalty de Alvaro Pereira sobre Alan, em Braga, defronta a equipa à qual foi perdoado um penalty de Miguel Veloso sobre Toy, em Alvalade, e a favor da qual se marcou um penalty inexistente. Prevejo, portanto, um jogo com muito futebol por alto. Quando duas equipas estão a ser levadas ao colo, não faz sentido jogar a bola pela relva. Ao colo do árbitro, os jogadores têm alguma dificuldade de chegar com os pés ao chão.

Benfica 5 - 0 Leixões

27.09.09, Benfica 73

 


Mais um jogo, mais uma enchente, mais uma goleada, e também, mais uma equipa que aparece a jogo com apenas uma finalidade, a de não jogar e não deixar que o adversário jogue.


É de estranhar a maneira como o Leixões se apresentou no Estádio da Luz e comparar esta mesma equipa no jogo que realizou no campo dos LADRÕES, onde jogou todo o jogo, olhos nos olhos. Dava a impressão que alguns jogadores do Leixões só tinham uma missão, partir ao meio os jogadores do Benfica.

Depois ainda temos que suportar aquele anormal do José Mota, a lamentar-se no final do jogo, que o árbitro teve dualidade de critérios e que devia ter acções pedagógicas. Realmente já não á pachorra para aturar esta escumalha de gente.


Quanto ao jogo, o Benfica entrou bem no jogo, atirando logo aos dois minutos uma bola ao poste, mas durante vinte minutos (foi nesta altura que começou o festival de porrada) não chegou a criar perigo. Após a primeira expulsão, aí sim, foi um fartote de futebol bem jogado, até que o Benfica, através de David Luiz inaugurou o marcador aos 48 minutos.


Na segunda parte o massacre continuou, só não se sabia a quantidade de golos que iriam ser marcado pelos jogadores do Benfica, toda a gente sabe que Jorge Jesus pede aos jogadores sempre mais e mais.


Portanto, os golos foram aparecendo naturalmente, Cardoso marcou o segundo golo, na conversão de um penalty, falta cometida sobre Aimar. O terceiro, por Ramires após cruzamento de César Peixoto, o quarto por Maxi Pereira (grande golo), o quinto, Peixoto mais uma vez a centrar e Cardoso de cabeça a fazer também um magnífico golo.


Por fim, já não é de estanhar, tenho de falar sobre a actuação do árbitro, o amarelo mostrado ao Aimar, é de uma falta de vergonha nunca vista, e dizer também que o homem não sabe distinguir uma carga de ombro de um valente empurrão, porque se soubesse teria de mandar marcar mais um penalty, no lance do Ramires.

U. Leiria 1-2 Benfica

21.09.09, Benfica 73

 

Num jogo em que a nação Benfiquista (mais uma vez) demonstrou estar com a equipa e com Jorge Jesus e assim encher aquele estádio (parecia a Luz em miniatura), os jogadores arrancaram mais uma vitória, não foi aquela goleada que alguns esperavam, mas o que interessa é a soma de três pontos.

O Benfica não podia entrar melhor, logo aos quatro minutos Saviola inaugura o marcador. Depois aparece o golo do empate, num lance em que David Luiz faz golo, mas na própria baliza.

Na segunda parte o Benfica deu a impressão que não valia a pena acelerar muito o jogo porque o golo mais tarde ou mais cedo iria aparecer.

E foi na milésima tentativa pelo meio, numa tabela entre Nuno Gomes e Aimar, surge a grande penalidade, falta cometida sobre Aimar. Chamado a converter, Cardoso não falhou, mas que foi mal marcado lá isso foi.

Toda a gente sabe que irão aparecer muitas equipas a jogar com estes esquemas, principalmente se o Benfica mantiver esta dinâmica de vitória, e com estas estratégicas só demonstram que têm respeito pelo Benfica.

Toda a comunicação social ficou a falar do penalty, mas a questão não é se foi falta ou não, mas sim, como é possível que Jorge Sousa tenha marcado um penalty a favor do Benfica, porque este é um dos que mais rouba o Benfica.

Este Benfica deve um pedido de desculpas a muita gente

21.09.09, Benfica 73

Autor: Ricardo Araújo Pereira                                   

Fonte: A Bola


PRIMEIRO, foram as contratações. Como podiam ser boas se o Benfica faz contratações todos os anos e não tem ganho grande coisa?
E a este raciocínio, que seria excelente se não fosse falacioso, seguiram-se outras considerações. Um espanhol por sete milhões? Um absurdo. Se fosse bom, o Real Madrid ficava com ele. Saviola? Um bluff, disseram uns. Vem passar férias e é tão mau jogador como Aimar, disse um candidato a presidente do Benfica. Um homem com visão. Depois, foi o treinador. Era inexperiente, não tinha categoria e foi contratado fora de tempo. Fez um trabalho apenas regular no Braga, disseram uns. Iria ser dos treinadores mais rapidamente despedidos da História, disse um candidato a presidente do Benfica — para quem o treinador ideal era Carlos Azenha (por coincidência, um dos treinadores mais rapidamente despedidos da História). E a seguir foi a maldita pré-época. Que interessava ganhar todas as competições? Muitas vezes, as equipas que fazem as melhores exibições na pré-época são as que jogam pior no campeonato, disseram uns. O candidato a presidente do Benfica é que nunca mais disse nada, o que é pena.Depois, vieram os primeiros jogos do campeonato. Sim, a equipa joga bem, mas é demasiado cedo para estar a jogar bem, disseram uns. Ao que parece, as boas exibições têm o seu tempo, e não é este. O Benfica, por incompetência ou ingenuidade, cometia a estupidez de jogar bom futebol. Logo a seguir, veio a primeira goleada — curiosamente, a maior das últimas décadas. Não impressionou. Normalíssimo, disseram uns. No ano passado também deram seis ao Marítimo e depois ficaram dois meses sem marcar, disseram outros. Havia que esperar pela semana seguinte. E então, esperou-se. Infelizmente, houve nova goleada. E depois, nova vitória. Os reforços são óptimos, o treinador é muito competente, a pré-época cumpriu as suas promessas, e as goleadas persistem. Não se faz. É muito aborrecido quando a realidade contraria sistematicamente os desejos das pessoas. Julgo que este Benfica deve um pedido de desculpas a muita gente.

Até aos benfiquistas, que também estão desiludidos. Que graça tem estar a ganhar por três ao quarto de hora? Que sentido faz um adepto ter de pedir ao companheiro do lado que lhe ausculte o peito, a ver se o coração continua a bater? Não há um resultado tangencial que o sobressalte, um contra-ataque perigoso que o faça palpitar, uma bola na trave que o obrigue a dar sinal. O sr. Jorge Jesus e os seus pupilos têm consciência das dores musculares com que um ser humano fica quando é forçado a levantar-se de um salto oito vezes no espaço de uma hora e meia? Eu pago para ver futebol, não é para fazer aeróbica. Aviso já que vou passar a levantar-me apenas de três em três golos, uma vez que não tenho preparação física para acompanhar esta equipa. Espero em breve levantar-me por cinco vezes. Como sabem, ando há muito tempo a desejar um 15 a 0.

Belenenses 0 - 4 Benfica

15.09.09, Benfica 73

 

Mais um jogo, mais uma vitória e ainda mais importante, mais uma bela exibição.

Um jogo que à partida se apresentava difícil, por duas razões – uma deslocação a um terreno que já não ganhava-mos há dois anos, e a presença de Olegário Benquerença – e que tornou-se fácil, melhor, o Benfica da maneira como tem encarado cada adversário torna o desafio fácil.

 

Começo pelo Quim, depois de um erro logo no início do jogo, uma saída em falso e duas grandes defesas durante o encontro. Na defesa, Jorge Jesus fez uma alteração, á esquerda alinhou César Peixoto, que não comprometeu.

 

Os golos foram marcados pelos suspeitos do costume, Cardoso, Ramires, Javi Garcia e Saviola. Aliás, como é possível que alguma imprensa tenha ignorado um golo daqueles, alguns ainda têm o descaramento de afirmar, que os jogadores do Belenenses estenderam uma passadeira vermelha ao Saviola, é preciso ter lata. Um golo desta categoria irá aparecer em todas as televisões de todos os continentes.

 

Uma palavra para os adeptos, foi espectacular ver toda aquela mancha vermelha a proporcionar aos jogadores todo o apoio que precisam.

 

Por fim o vigarista do árbitro, desta vez não fomos roubados, até parece mentira.

Benfica - V. Setúbal

02.09.09, Benfica 73

 

 

Há 16 anos que o Benfica não marcava oito golos num jogo do campeonato nacional. Nem o Benfica, nem nenhuma outra equipa. Ontem, Jorge Jesus repetiu a proeza alcançada pelos encarnados (8-0 ao Famalicão) na já distante época de 1993 / 94 ( a dos 3-6 em Alvalade com Toni no banco, a ultima temporada de Rui Costa na Luz antes de rumar a Florença ) e conseguiu o feito de colocar a nação benfiquista em absoluto êxtase, tal a qualidadeda exibição produzida. O Benfica de ontem teve tudo : à arte juntou eficácia; à velocidade juntou discernimento ; à disciplina táctica juntou espaço para a iniciativa individual ; aos lances de bola parada juntou trabalho e viu-se recompensado com golos.

O Vitória de Setúbal ainda tentou estacionar o autocarro à frente de Mário Felgueiras, num 5x4x1 que pretendia evitar males maiores. Porém, os sadinos foram pura e simplesmente varridos por um furacão de grau 8, cruzamentos, remates, dribles e sprints que arrasaram o Vitória Setubalense. A primeira parte chegou a ser asfixiante para os pupilos de Carlos Azenha e se atentarmos no facto de o Benfica apenas ter feito a segunda falta aos 41 minutos quando os sadinos já tinham cometido 11, percebemos o massacre que ocorria dentro das quatro linhas.

Aos 37 minutos, quando o Benfica chegou aos 5-0 ( como fizera, até ao intervalo, contra o Sporting em 1978 / 79 e contra o Marítimo em 1985 / 86 ), já o Vitória estava tolhido com quatro cartões amarelos ( um dos quais, a Keita, até podia ter tido outra cor...) e atónico com os 62 por cento de posse de bola do adversário. Era Benfica a mais para um Vitória de Setúbal que precisa de melhorar muito ( mas mesmo muito ) se quiser continuar no principal escalão do nosso futebol.

 

Ontem, segunda-feira, dia de trabalho e véspera de dia de trabalho ( um horário péssimo, pois, para ir ver futebol ao vivo ! ) demandaram à Luz 40.915 adeptos, um número espantoso, que mostra a fé com que a nação benfiquista segue esta época a sua equipa. Há que dizer que quem foi à Luz viu um espectáculo por vezes deslumbrante, dentro e fora do Campo : se no tapete verde Aimar, Saviola, Cardoso, Ramires e Di Maria pintavam a manta, nas bancadas o clima de festa chegou a ser de autêntica apoteose, numa comunhão perfeita entre os jogadores que queriam agradar aos adeptos e estes que nunca regatearam apoio. As gerações mais novas perguntam, muitas vezes, como era o "Inferno da Luz". A resposta, ontem, no estádio do Benfica, era fácil de dar. Era assim, um vulcão imenso que empurrava a equipa para a baliza adversária, galvanizando uns e atrofiando outros. Uma constante de futebol atacante correspondida pela paixão dos adeptos. Na última década e meia o vulcão arrefeceu á medida que a mistica foi socumbindo à descaractização. Hoje em dia, o Benfica, no aspecto emocional, ressuscitou. Obra de Jesus? Também. Mas não só...

 

Quando Pablo Aimar pegou na bola e foi por ali fora, espalhando arte e magia, até fazer o 4-0, João Vieira Pinto, o menino-de-ouro, só pode ter sorrido ; quando Javier Saviola, na segunda parte, driblou meia cidade de Setúbal e quase marcou ( se tem dado a bola a Cardoso...), Fernando Chalana, o pequeno genial, só pode ter aplaudido, agradado ; e quando Òscar Cardoso consumou o hat-trick, o rei Eusébio só pode ter pensado, « temos gente ».

De facto, há na Luz matéria-prima para grandes cometimentos, a que se junta, de corpo e alma, uma imensa massa adepta sedenta de êxitos.

Resumindo, foi a noite dos diabos ( vermelhos ) à solta ! Teve azar o V. Setúbal, porque estava no sítio errado à hora errada...

 

                                                                     in A Bola   01-09-2009