António Carraça admite que a estrutura diretiva do Benfica receou que a equipa orientada por Jorge Jesus pudesse ser prejudicada pelas arbitragens a partir do jogo em Coimbra (0-0), a contar para a 20.ª jornada da Liga.
«Coimbra foi o momento a partir do qual começámos a recear que a avalanche pudesse acontecer», conta o diretor geral para o futebol profissional dos encarnados, em entrevista à Benfica TV, tendo ainda presente o lance em que as águias reclamaram uma alegada grande penalidade cometida sobre Pablo Aimar.
Na 17.ª ronda, porém, o FC Porto perdeu com o Gil Vicente em Barcelos, desfecho que permitiu ao Benfica aumentar para cinco pontos a vantagem no topo da classificação em relação ao rival.
«Sentimos internamente e discutimos que teríamos de estar mais atentos e ter mais cuidado, até com o tipo de intervenção dos nossos jogadores para com os árbitros», recorda António Carraça, ressalvando que «mesmo com esse rigor e cuidado» os encarnados foram «muitos prejudicados em alguns jogos».
Mais recentemente, no derby com o Sporting em Alvalade, relativo à 26.ª jornada da Liga, a atuação de Artur Soares Dias esteve na mira dos responsáveis encarnados, nomeadamente devido ao lance protagonizado por Gaitán e Polga na grande área leonina, nos instantes iniciais da partida, no qual o jogador argentino foi, na visão de António Carraça, «claramente ceifado» pelo adversário.
«O que me preocupou foi o facto de o árbitro, ao intervalo, me ter dito que mesmo que fosse falta o lance tinha sido fora da área. Fiquei preocupado», relata.
No cômputo geral, diz António Carraça que «o Benfica foi o clube mais prejudicado» dos três que lutaram pelo título numa fase mais adiantada da época.
Fonte: A Bola