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Toda a informação sobre o Glorioso

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Toda a informação sobre o Glorioso

Sim, mas quando é que o Benfica terá um verdadeiro teste?

27.12.09, Benfica 73
Autor: Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Jornal ABola

A paragem no campeonato chega em boa altura. É óptimo que os críticos do Benfica possam ter uns dias para inventar novas razões pelas quais a equipa de Jorge Jesus não os impressiona. No princípio, foram os troféus da pré-época. Cada torneio ganho constituía uma nova vergonha para os benfiquistas. Era uma estupidez andar a ganhar títulos que não valiam nada. O primeiro milho é para os pardais e a pré-época não tem significado, o que veio a confirmar-se: o Benfica, que ganhou tudo, está nas ruas da amargura; o Sporting, que perdeu com toda a gente menos com o Cacém, pratica um futebol vistoso e vencedor. Depois, foram os reforços. Cada novo reforço embaraçava o Benfica. Suplentes do Real Madrid eram uma péssima escolha. Quem jogava bem, como toda a gente sabia, eram os suplentes do Manchester City e do Colón. Mais uma profecia cumprida: Saviola e Javi García deixam muito a desejar, enquanto as exibições de Caicedo e Prediger têm encantado adeptos do futebol em todos os estádios. A seguir, vieram as goleadas. Cada goleada era motivo de gozo. É estúpido golear. Cansa muito. Por exemplo, enquanto o Benfica se afadigou indo a Belém golear por 4-0, o Porto poupou energia empatando com o Belenenses em casa. Ao passo que o Sporting, ajuizadamente, geriu o esforço no empate com o Nacional, o Benfica desperdiçou músculo a golear o mesmo Nacional por 6-1. Estava à vista de todos que o Benfica andava a fazer as coisas mal feitas.
E foi assim que chegámos ao clássico do último domingo. O terceiro classificado da época passada, aliás bastante desfalcado, jogava contra o tetracampeão na máxima força. Finalmente, um verdadeiro teste. Os jogos anteriores, as goleadas, as boas exibições não tinham valor. Agora, sem vários titulares, é que estavam reunidas condições apropriadas para se ver que Benfica era este. E, na minha modesta opinião, viu-se. O jogo era tão fácil para o Porto que Jesualdo Ferreira tinha dito que o empate era um mau resultado. Por isso, apresentou-se na Luz claramente para ganhar, com um meio campo bem ofensivo, que incluía criativos tão fantasistas como um Guarín, um Meireles e um Fernando. Para mim, foi um déja vu. Estava no Estádio da Luz antigo quando Jesualdo Ferreira entrou em campo com os trincos Petit e Andrade para jogar contra o Gondomar. Desta vez, deve ter pensado que o Benfica estava ainda mais fraco que os gondomarenses, de modo que resolveu acrescentar mais um trinco ao jogo, não fosse o diabo tecê-las.

No entanto, Jesualdo não foi o único treinador defensivo da noite. É verdade que o Porto entrou em campo com três trincos, mas devemos ser justos e admitir que o Benfica passou o jogo todo com 3 centrais: Luisão, David Luiz e Falcao. Um exagero de Jorge Jesus. Pinto da Costa bem tinha agradecido aos olheiros do Benfica a contratação do Falcao pelo Porto (no fim do jogo, também fui ao gabinete de prospecção agradecer-lhes) e o rapaz, uma vez que foi descoberto pelos nossos olheiros, deve ter-se sentido na obrigação de jogar por nós.

Por isso, Hulk jogou sozinho no ataque com Rodriguez, o que não lhe fez confusão nenhuma. Na verdade, Hulk joga sempre sozinho, quer esteja acompanhado ou não. O Hulk da banda desenhada é conhecido por se irritar; este é conhecido por irritar os sócios do Porto. Como é evidente, gosto muito mais dos super-poderes deste. Quando, ainda na primeira parte, Hulk fez aquele remate à baliza que saiu pela linha lateral, comecei a fazer uma colecta na bancada onde tenho o cativo. O objectivo é pagarmos a cláusula de rescisão de 100 milhões mas para o obrigar a ficar no Porto. Em breve darei notícias.

Quanto a Rodriguez, observei atentamente o seu jogo e confesso que já não sei se ele não renovou pelo Benfica porque não quis ou porque foi dispensado. Mas, se um dia ele quiser voltar, por mim recebê-lo-ei no clube sem ressentimentos. Desde que seja para jogar na equipa de andebol.

A linha avançada do Porto, Falcao, Hulk e Rodriguez, era, portanto, constituída por um futebolista que jogou na nossa defesa, outro que jogou sozinho, e outro que jogou outra modalidade. Mas atenção: não quero com isto dizer que a equipa do Porto é má. Nada disso. O Porto tem bons jogadores. Estão é todos no Olhanense.

Quando, na final da Taça da Liga, Lucílio Baptista assinalou mal um penalty a favor do Benfica, foi à televisão assumir publicamente o erro. Desta vez, não assinalou um penalty que toda a gente viu – mas não compareceu nos telejornais. É normalíssimo: os erros contra o Benfica não são notícia. Se cada árbitro que erra contra o Benfica fosse ao telejornal, os noticiários duravam três horas.

Nostalgia

25.12.09, Benfica 73

Natal é nostalgia, famílias reunidas, lembranças de outros tempos, sim, esses mesmos tempos que não dá para esquecer. É uma altura mágica, que o digam as crianças que anseiam a chegada do Pai Natal. Aqui ficam uns momentos que nenhum Benfiquista jamais esquecerá.

A toda família Benfiquista um Santo Natal.

 

 

Benfica 1 - 0 Porto

21.12.09, Benfica 73

 

Para este jogo era necessário um Benfica forte, concentrado e bastante inteligente, porque o resto está lá. Ramires e Urreta foram as novidades do onze de Jorge Jesus. A aposta em Urreta foi arriscada, mas tinha toda a lógica, era necessário dar profundidade na ala esquerda. Além de ser arriscada foi uma aposta ganha e está explicada a opção do Benfica em não o ter vendido. No lugar de Aimar apareceu um Super Carlos Martins.

 

 

Os corruptos entraram melhor no jogo mas o seu domínio durou cinco minutos. Após esses minutos tivemos o Benfica dos bons jogos, pressão alta, recuperações no campo do adversário e transições rápidas. Apesar de encontrar um adversário a tentar explorar os seus erros, o Glorioso procurou o risco e criou vários lances de ataque. Maxi Pereira e Ramires começaram por fazer tentativas de fora da área, mas foi Cardozo que teve nos pés uma grande oportunidade para abrir o marcador. No entanto, o paraguaio viu o seu remate ser cortado na linha de golo. A jogada prosseguiu e David Luiz colocou a bola no interior da área, onde apareceu Saviola a bater o guarda-redes contrário com um remate cruzado. Os corruptos mesmo em desvantagem não alteraram a sua estratégia, o encontro manteve-se com um sentido único até ao intervalo. Urreta, Carlos Martins e Maxi Pereira desperdiçaram outras oportunidades antes do apito para o intervalo.

 

 

Na segunda parte, o perigo dos corruptos só surgiu de fora da área e apenas por duas ocasiões. Quim, aos 61 minutos, travou um remate de Alvaro Pereira com uma defesa de grande nível. No outro remate feito por Raul Meireles, o guarda-redes do Benfica quase foi traído por um desvio mas a bola acabou por sair ao lado. Depois de controlar o adversário de forma muito inteligente, o Benfica passou novamente a ser a equipa mais perigosa em campo.
Até ao final da partida, o Benfica quase marcou num remate de fora da área de Luís Filipe, num cabeceamento de David Luiz e num disparo de Cardozo.

No final, a pergunta que se impõe é – Alguém tem dúvidas da superioridade do Benfica sobre o resto da concorrência? Fico com a ideia que se o Benfica marca o segundo golo o jogo de certeza que ia acabar como os outros em goleada. Disseram que os corruptos estavam intimidados, pudera, só de ver aquele tsunami dá para temer.

 

 

Para terminar, falar daquele animal que fez tudo para prejudicar o Benfica. Desde o cartão amarelo a David Luiz a terminar no penalty cometido por mão na bola da cebola podre, aquele tipo só não inventou mais porque não podia.

 

Se o pai de Lucílio Baptista não necessitar de aconselhamento matrimonial, um Benfica desfalcado ganha facilmente a um Porto em pleno

20.12.09, Benfica 73
Autor: Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Jornal ABOLA

CREIO que anotei correctamente a sequência dos acontecimentos: primeiro, Michel Platini disse, referindo-se ao FC Porto, que não queria batoteiros a jogar na Liga dos Campeões. Depois, o país de Michel Platini apurou-se para o Mundial de futebol na África do Sul, em 2010, jogando a bola com a mão. A seguir, o mesmo Michel Platini disse que o FC Porto afinal não era batoteiro. Não há nada como beneficiar de uma ilegalidade para o nosso conceito de batota sofrer uma interessante transformação. Quem antes era batoteiro passa a ser cá dos nossos.

Na última jornada antes do Benfica-Porto, o árbitro do Olhanense-Benfica mostrou 13 cartões. Para o Porto-Setúbal foi nomeado Pedro Henriques, o árbitro que só mostra vermelho se houver um homicídio em campo. Por essa e outras razões, o Porto chega ao clássico a 100%, enquanto o Benfica se apresenta bastante desfalcado. Posto isto, que resultado esperar? Depende: se o pai de Lucílio Baptista não necessitar de aconselhamento matrimonial, um Benfica desfalcado ganha facilmente a um Porto em pleno. Vamos esperar que os problemas que afectavam o pai de Augusto Duarte não se estendam a outras famílias.
 
O leitor já contribuiu para a campanha do David Luiz? É a grande campanha deste Natal, não sei se sabe. Todos os comentadores afectos ao Sporting e ao Porto estão a participar. Parece que há, na Liga Sagres, um central que pode fazer todas as faltas que quiser e praticar jogo violento à sua vontade sem nunca ser expulso. Isto, já sabíamos todos. O que não sabíamos é que não se trata de Bruno Alves. Eles estão a falar do David Luiz. Bruno Alves já deu cotoveladas em queixos, cabeçadas em testas, pisou costelas, esmagou testículos e pontapeou cabeças. Mas o David Luiz, no outro dia, puxou uma camisola e o árbitro não viu. Quem não se indignaria?

O leitor, sempre ingénuo, perguntará: mas o facto de David Luiz não ser um jogador violento não deveria ser suficiente para que não fosse sensato dizer que ele é um jogador violento? Não necessariamente. Recordo que o Cardozo levou dois jogos de castigo por, no túnel de Braga, ter cometido actos que as imagens provam claramente não terem sido cometidos. Do mesmo modo, no entender dos apreciadores de Bruno Alves, David Luiz é bruto. Na opinião dos admiradores de Adrien, que anda há semanas a tentar fracturar o perónio aos adversários, David Luiz é caceteiro. Mal comparado, é como ser apreciador da Cicciolina e dizer que a Madonna é um bocadinho galdéria.

Benfica 2 - 1 AEK

18.12.09, Benfica 73

 

 

O Benfica cumpriu os seus objectivos no jogo frente ao AEK. Somou uma vitória, sempre importante antes do clássico, e deu ritmo competitivo a jogadores com poucos jogos e talvez alguns deles sejam titulares no Domingo.
Jorge Jesus apresentou várias novidades no onze, com a qualificação já assegurada o técnico apresentou uma defesa renovada e um meio-campo mais ofensivo. Na frente do ataque, apareceu Nuno Gomes e Weldon.

A primeira oportunidade surgiu aos 13 minutos, após um cruzamento de Luís Filipe, Nuno Gomes sofre falta na área e o árbitro assinala penalty. Chamado a cobrar Felipe Menezes acertou no poste da baliza.
Aos 44 minutos surge o primeiro golo, Di María com um remate em arco de fora de área.


Estavam decorridos dez minutos da segunda metade, Di María entra na área e fez um belo chapéu ao guardião Saja, mas a bola bateu na barra. O Momento do jogo veio aos 73 minutos, Di Maria arranca pela zona central após passe de Carlos Martins, finta o último defesa e perante a saída do guarda-redes, fez um remate de ‘letra’ com pleno êxito. Simplesmente espectacular! Até ao final, o AEK reduziu perante um falhanço incrível de Miguel Vítor.

Sem deslumbrar a vitória do Glorioso não sofre contestação. Agora fico á espera de um Benfica com cabeça, calmo, e independentemente da equipa que jogar de início o próximo jogo é para ganhar, por quantos é-me indiferente.

 

Olhanense 2 - 2 Benfica

14.12.09, Benfica 73

 

Estes jogadores ainda são fracos mentalmente, este jogo era para ganhar sem qualquer dificuldade. O drama nestes últimos tempos para esta equipa tem sido sofrer um golo e ficar em desvantagem. Depois, alguém é capaz de explicar o que se passou na cabeça do Di Maria? Se estivesse no lugar de Jorge Jesus castigava-o severamente.


Quanto ao jogo não há muito para dizer, não se viu uma jogada de jeito, nenhum jogador deu nas vistas (bem pelo contrário) e acabamos por somar um ponto com alguma sorte.

 

 

"O Benfica acabou por ganhar por um tangencial 4-0"

13.12.09, Benfica 73
Autor: Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Jornal "A Bola"

AS goleadas são como o Natal: goleada também é quando um homem quiser. O futebol acaba de ganhar um novo interesse. Já podíamos discutir se certo jogador era melhor do que outro, ou se determinada equipa jogava um futebol mais bonito que as demais. Mas, quanto aos números, não costumava haver dúvidas. Aquele aborrecimento de serem exactos prejudicava uma boa conversa. Quatro golos, não sei se se lembram, eram quatro golos. E um 4-0, antigamente, era uma goleada. Mas agora, se o treinador da Académica não quiser, não é. Esta é, creio, a grande diferença entre Mourinho e este novo Mourinho (se não me falham as contas, Vilas-Boas é o 17º novo Mourinho): Mourinho dificilmente leva goleadas; o novo Mourinho leva, mas não admite que foi goleado. É quase igual. Na verdade, era previsível. Quando o Benfica goleava, era evidente que não continuaria a golear. Como continuou a golear, as goleadas deixaram de ser goleadas. O que interessa acima de tudo é que o Benfica não goleie, mesmo quando goleia. Com este resultado escasso, o Benfica acabou por ganhar por um tangencial 4-0. Se o Cardozo não tivesse marcado o último golo, suponho que teríamos empatado por 3-0. Ainda tivemos sorte. Foi pena, porque estava tudo a compor-se. Houve um ou dois jogos em que o Benfica não esmagou. Era o momento pelo qual há tanto se esperava. A máquina de golos tinha emperrado. O ataque demolidor já não demolia. O rolo compressor estava avariado. E os benfiquistas tinham falado antes do tempo. Eu, confesso, fui um deles. Disse: o Benfica dá muitas goleadas. E porquê? Só porque o Benfica dava muitas goleadas. Fanatismos, já se sabe. Quando um benfiquista constata que o Benfica goleia, fala antes do tempo. Quando os outros prevêem o fim das goleadas e elas continuam a ocorrer, são gente sensata. Aproveito esta oportunidade para admitir que falei antes do tempo. Antes do tempo em que os 4-0 deixaram de ser goleadas, claro.

NA semana em que o antigo treinador do Sporting foi castigado por críticas à arbitragem, o actual treinador do Sporting só teve motivos para a elogiar. A Liga sabe fazer pedagogia. Há mais irregularidades naquele segundo golo marcado ao Setúbal do que no resto da jornada toda. Por outro lado, se é verdade que a bola esteve fora do terreno, convém não esquecer o tipo de relvado em que os jogadores do Sporting estão acostumados a jogar. Temos de compreender que, para eles, jogar fora do campo seja mais atraente. Não é batota, são saudades da relva.

Benfica 4 - 0 Academica

08.12.09, Benfica 73

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Numa antevisão para este jogo, Jorge Jesus tinha afirmado que o Benfica ia ser igual a si próprio, ou seja, iria ser um Benfica goleador. Regressou o central brasileiro Luisão, na ausência de Javi Garcia por castigo, o treinador do Benfica colocou Ruben Amorim no centro do meio campo, mantendo Ramires no lado direito.


O Benfica entrou forte no jogo com a Académica, inaugurando o marcador logo aos seis minutos. Após uma combinação entre a dupla avançada do Benfica, excelente passe de Saviola, Cardozo isola-se e bate com facilidade Rui Nereu.
Em desvantagem a Académica obrigou o Benfica a ter alguns cuidados defensivos. Depois desse período, a equipa de Jorge Jesus tomou definitivamente conta do jogo. Assistiu-se, ao desperdiçar de algumas oportunidades até que surge o segundo golo marcado por Saviola. Após uma jogada pelo lado direito, Maxi Pereira desmarca Saviola e este entra na área e faz um espectacular chapéu ao guarda-redes. Um momento de classe do argentino e que ficará na memória de todos os Benfiquistas, como ficou aquele golaço de Micoli frente ao Leiria. Após o 2-0 o Benfica continuou a carregar e até ao final da primeira parte ainda podia ter marcado por Di Maria e por Cardoso.

Para a segunda parte a chuva marcou presença, a equipa continuou a jogar bom futebol, quanto ao adversário, cedo percebeu que não possuía ter argumentos nem categoria para contrariar este rolo compressor. Até aos 75 minutos, Cardoso facturou por duas vezes, Ramires quase marcou de cabeça, mas a bola foi ao ferro.
No último quarto de hora, a chuva começou a cair de forma intensiva, grande dificuldade em fazer circular a bola, as possibilidades de o Benfica ainda chegar ao quinto golo foram por água abaixo.

 

Razão tinha Jorge Jesus que previa vários golos, imagem do Glorioso este ano em jogos na Luz. O treinador André Vilas Boas afirmou que 4-0 não era nenhuma goleada, mas eu até prescindo das goleadas dos próximos jogos por resultados iguais a este.


 

Sportinguistas eufóricos com um empate

07.12.09, Benfica 73
Autor: Ricardo Araújo Pereira
Fonte: Jornal "A Bola"

No sábado passado, o Sporting fez o sexto jogo consecutivo sem ganhar para o campeonato, empatou em casa com um concorrente directo, manteve os 13 pontos de desvantagem para o primeiro dos candidatos ao título e acabou a jornada em sexto, ex aequo com o sétimo, o Rio Ave. Sob que ponto de vista é que o empate com o Benfica pode ser considerado um bom resultado? Só um: se a equipa da casa não for candidata ao título. Para quem luta pela manutenção ou pela Europa, um pontinho em casa contra o Benfica é excelente. O leitor, sempre maldoso, poderá observar: como podem os adeptos do Sporting, que ainda há pouco assinalavam, com superioridade gozona, que os benfiquistas andavam eufóricos por causa de meia dúzia de goleadas, ficar agora ainda mais eufóricos com um empate?
Bom, cada um esbanja euforia no que pode. E gostos não se discutem: quem gosta de goleadas, vibra com goleadas; quem gosta de empates, deleita-se com empates. Como sabemos todos, desde os encontros do ano passado com Barcelona e Bayern de Munique os sportinguistas ficaram com a capacidade de apreciar goleadas ligeiramente abalada. Mas os empates mantiveram, para eles, o encanto que indiscutivelmente têm. Ainda no início desta época os vimos celebrar um empate contra o Twente. É importante não esquecer que a última grande vitória histórica do Sporting foi uma derrota em casa do AZ Alkmaar. Recordemos, por fim, que estamos a falar de um clube que chama herói ao lateral direito do Olhanense. À luz destes factos, creio que a alegria sportinguista é mais fácil de compreender.

Trata-se de uma alegria que é, aliás, tocante. Quem dera ao resto dos portugueses a inclinação que os sportinguistas têm para a felicidade. Eles, tal como o país, também estão em crise. Também não têm dinheiro. Têm um treinador que é mais um dos milhares de portugueses que enfrentam o flagelo do trabalho precário e dos contratos a termo certo, e sabe que, dentro de seis meses, estará no desemprego. No meio de tudo isto, no entanto, riem-se. Só eles sabem de quê.

Estou, claro, a exagerar. Há motivos de esperança. Desde o dia 21 de Setembro que o Sporting evidencia dificuldades para ganhar a equipas compostas por futebolistas. Mas, contra pescadores, normalmente não dão hipóteses. No campeonato da Docapesca, o Sporting seria um dos mais sérios candidatos ao título. E, no meio da tormenta, os jogadores mantêm o espírito de equipa: ainda esta semana Liedson disse que tinha dificuldades em jogar neste modelo e estava disposto a sair do onze para dar lugar a colegas que façam melhor do que ele. Estava a referir-se a Saleiro, Caicedo e Postiga. Além de ser uma magnífica piada, é dos mais belos actos de companheirismo que já vi. Mostra aos outros avançados que confia neles, e revela a todos os cépticos que Carvalhal é um treinador que consegue, num mês, o que Paulo Bento levou anos a fazer: incompatibilizar os jogadores com a sua táctica.

Bate Borisov 1 - 2 Benfica

03.12.09, Benfica 73

 

O Benfica triunfou na Bielorrússia e assegurou, a qualificação para a fase seguinte da Liga Europa. A faltar uma jornada para a conclusão da fase de grupos, o Glorioso já garantiu a primeira posição do grupo com 12 pontos.

Jorge Jesus apresentou algumas alterações relativamente ao último encontro do campeonato, duas delas já anunciadas, Júlio César na baliza e Miguel Vítor no centro da defesa ao lado de David Luiz. As outras novidades foram a presença de Fábio Coentrão e Felipe Menezes.

A equipa do Benfica entrou no jogo bastante lenta, mas aos 15 minutos Cardozo podia ter marcado, surgiu isolado mas o remate do avançado paraguaio acabou por sair fraco. Durante o resto da primeira parte fica a iniciativa de Felipe Menezes mas o remate saiu ao lado.

A segunda parte começa com uma grande jogada do Benfica, jogada pelo lado esquerdo, Fábio Coentrão desmarca Felipe Menezes com um toque calcanhar, este foi até à linha de fundo cruza para Saviola e este com um remate rasteiro fazer o golo. No segundo golo os papéis inverteram-se, é Saviola a servir Fábio Coentrão, este de ângulo difícil remata cruzado e faz um golaço.
O golo dos Bielorrussos aparece num momento de infelicidade de Miguel Vítor que desvia um cabeceamento de um adversário e faz auto golo.
Até ao final do jogo houve oportunidades para ambas as equipas, o Benfica teve duas boas oportunidades para aumentar a vantagem. Uma por Aimar, remate dentro da área para defesa do guarda-redes. A outra por Di María, remate cruzado, semelhante ao de Fábio Coentrão, mas com final diferente, grande defesa do guardião do Bate.


Os objectivos do Benfica para este jogo foram alcançados, missão cumprida.

                                                                                                                                                                                

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